sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

INCLUSÃO SOCIAL QUEBRA PARADIGMAS, BARREIRAS FÍSICAS E COMPORTAMENTAIS

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Realizar a inclusão social de portadores de necessidades especiais exige que as empresas quebrem barreiras físicas, comportamentais e muitas vezes até paradigmas. O auxiliar de radiologia do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, Edson dos Santos, é deficiente visual e há 3 anos trabalha no Setor de Diagnósticos por Imagem, revelando raios X. São cerca de 70 filmes revelados por hora. Nos corredores do Hospital, as pessoas só percebem a ausência de visão de Santos quando ele usa a guia. “Sinto que as pessoas ficam aflitas, pois acham que vou esbarrar em alguma coisa. Mas acabei desenvolvendo outros sentidos para superar a falta de visão. Minha maior satisfação é ser útil e independente”, diz Santos.
Sentimentos compartilhados pela escriturária do Setor de Custos e Estatística, Mariane Orlandeli, que em razão de problemas congênitos tem dificuldades de locomoção. Os dez meses de trabalho na instituição já refletiram em suas perspectivas profissionais. “A oportunidade de atuar no Hospital foi um estímulo para ingressar na faculdade”, afirma a jovem, que cursa Gestão Hospitalar.
Além de Edson e Mariane, o Hospital Professor Edmundo Vasconcelos tem outros 22 profissionais com necessidades especiais atuando em áreas como faturamento, estacionamento, centro cirúrgico, manutenção, recepção, call center, controladoria e laboratórios.
Para não exaltar as limitações, o processo seletivo e o treinamento são iguais para todos os candidatos. “A inclusão efetiva desses profissionais só agrega valor ao Hospital, já que não deixam a desejar em dedicação e responsabilidade”, diz João Carlos Gonçalves, engenheiro de Segurança do Trabalho da instituição. “Mais que superar as barreiras arquitetônicas, nosso maior compromisso é estreitar o relacionamento entre os portadores de necessidades especiais e os demais funcionários e colaboradores.”
Para estimular a comunicação e a integração, o Hospital Professor Edmundo Vasconcelos oferece aos funcionários um curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais) on-line, com acesso pela intranet. Para acelerar o processo de inclusão, a instituição também está desenvolvendo uma cartilha que ensina como lidar com portadores de necessidades especiais e que será distribuída aos demais colaboradores.
No que se refere à acessibilidade, a instituição realizou inúmeras adequações físicas nas áreas externas, como rampas de acesso e uma portaria exclusiva para cadeirantes e deficientes visuais. Internamente, os banheiros são automatizados e têm sistema que aciona a equipe de enfermagem em caso de emergência, enquanto os elevadores inteligentes possuem sensores de segurança e informações em braile.


Fonte: TREE COMUNICAÇÃO

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