A 21ª edição desses Jogos será em setembro, na cidade de Taipei, em Taiwan.
Conquista difícil
Treinador da dupla, o educador físico Paulo Alexandre, formado em Educação Física e um especialista em educação inclusiva, revelou que a vitória de Rafael e Valberto na Copa Brasil de Surdos no Rio de Janeiro foi "significativa porque eles viajaram sem o técnico, por falta de apoio financeiro". Ressalte-se que Paulo Alexandre, junto com professores Francisco Grijalva e Luciano Furtado, faz um trabalho voluntário com a parceria bicampeã brasileira de vôlei de praia para surdos.
"Meu primeiro esporte foi o futebol", sinalizou Rafael e Catarina Leite, que acompanhava o atleta, junto com o técnico Paulo Alexandre, traduziu. O vôlei de quadra veio em seguida. "Ele viu os colegas jogando no prédio onde mora, gostou e começou a praticar", completou a amiga Catarina. A propósito, Rafael, 23 anos, integrou a Seleção Brasileira de Vôlei de Surdos que ano passado disputou o Mundial na Argentina.
Com o incentivo de Valberto, aderiu ao vôlei de praia, treinando nas quadras da Volta da Jurema. A estréia em competições veio em 2003, no I Campeonato da Liga Nordeste Desportiva de Surdos, em Fortaleza, defendendo a Associação de Surdos do Ceará. E terminou campeão, ao lado de Valberto. Em 2006 a dupla foi vice-campeã da Copa Brasil na Bahia.
Bi na Copa Brasil
Em 2007, a parceria venceu pela primeira vez a Copa Brasil, no Rio Grande do Sul. E este ano garantiu o bi e vaga para a 21ª Olimpíada de Surdos. Rafael tem bolsa atleta federal, mas luta por patrocínio para, com parceiro Valberto e técnico Alexandre, lutar por medalha em Taipei.
Fonte: Diário do Nordeste
Intérprete Catarina Leite, o bicampeão brasileiro de vôlei de praia, Rafael, que, com parceiro Valberto, garantiu vaga na Olimpíada. (Foto: Rodrigo Carvalho)
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