quinta-feira, 19 de março de 2009

Com ajuda, deficientes conquistam seu espaço no mercado de trabalho

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As pessoas com deficiências estão cada vez mais encontrando uma profissão, superando, vencendo barreiras, aumentando sua auto-estima e se destacando no mundo profissional.


“Eu tive bastante dificuldade em encontrar um emprego. As empresas, dependendo da deficiência que você tem, necessita alguns equipamentos que muitas vezes são caros. E eles acabam escolhem aquele que não traz maiores custos”, afirma Vânia Martins, que é deficiente visual e formada em psicologia e administração. Assim como Vânia que sentiu essa dificuldade na pele, muitas pessoas com deficiência passam por isso. O mais importante é que elas se sintam iguais a qualquer outra da sociedade. Muitas vezes, ela pode se sentir útil e levantar a auto-estima se exercer uma atividade.A verdade é que com força de vontade e competência, tudo se consegue. Alguns acham que não poderiam praticar nenhum tipo de atividade, enquanto outros vencem obstáculos e conquistam o seu lugar no mercado de trabalho.Vânia ainda comenta que muitos empresários ainda relutam na contratação de deficientes e que só fazem porque são obrigados (perante a lei toda empresa deve ter de 2 a 5 % empregados deficientes).“E ainda assim, escolhem aquele que dará menos trabalho possível.” Atualmente, Vânia trabalha na área de recrutamento, seleção e acompanhamento dos profissionais colocados pela empresa Plura Consultoria que tem como objetivo incluir e capacitar pessoas com deficiência no mercado de trabalho.O trabalho da Plura começa aí, na seleção recebendo currículos que serão selecionados. Após isso, as pessoas passam por uma entrevista e por um treinamento e depois são avaliadas para saber em qual perfil que elas se enquadram.

“A empresa surgiu a partir de um estudo de mercado que procurou entender o maior empecilho para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho: a capacitação. Fizemos um estudo em parceria com a Febraban para entender a realidade desta população no país. Percebemos que do total (quase 15% da população do Brasil) praticamente 80% das pessoas com deficiência têm até oito anos de estudo, ou seja, o segundo grau completo”, afirma Alex Vicintin, idealizador do Projeto Plura.Alex Vicintin acreditou que poderia fazer a diferença em ajudar as pessoas. O treinamento ajuda a esclarecer dúvidas, informar e dar dicas de relacionamento antes de serem integrados ao trabalho em uma empresa. O principal é que o deficiente se sinta como um empregado comum. “Estes cursos são ministrados com o objetivo de diminuir a diferença entre um profissional com deficiência de um sem, que hoje acaba sendo gritante,” explica.Além disso, existe muita discriminação, apesar de não admitirem. As empresas precisam perceber que eles podem ser ótimos profissionais e essa característica pode não afetar o seu trabalho. “As pessoas acham que deficiente tem que ser educado para ficar em casa. Isso não é verdade. Somos capazes de trabalhar.
Eu não sou deficiente, eu sou eficiente.
Precisamos quebrar esse preconceito. Aos poucos, estamos conquistando o nosso espaço”, comenta Vânia Martins.
Mais informações:http://www.pluraconsultoria.com.br/Tel: (11) 3206-4455
Fotos:divulgação e Stockbyte/Getty Images

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