segunda-feira, 23 de março de 2009

Criança com Down agora tem calendário de vacinação diferenciado

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A partir de segunda-feira (23), crianças e adolescentes com síndrome de Down que moram no Estado de São Paulo terão acesso a um calendário de vacinação diferenciado, com vacinas que não estão disponíveis na rede pública.


A iniciativa das secretarias de Estado da Saúde e dos Direitos das Pessoas com Deficiência é inédita no país e tem como objetivo fortalecer a saúde dessas crianças, que têm o sistema imunológico menos resistente do que as crianças que não possuem a síndrome.
A síndrome de Down é caracterizada por uma trissomia do cromossomo 21 e está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico. Cinquenta anos após a descoberta da trissomia, estima-se que no Brasil existam 300 mil pessoas com Down -30 mil em São Paulo.
De acordo com o pediatra e geneticista Zan Mustacchi, chefe do Departamento de Genética do Hospital Estadual Infantil Darcy Vargas, uma das funções do cromossomo 21 é organizar o sistema imunológico. "Com a alteração cromossômica, além de "n" comprometimentos paralelos, as pessoas com Down serão mais suscetíveis a algumas viroses e bactérias, por isso a vacinação diferenciada é muito importante."
O calendário diferenciado inclui sete vacinas especiais, entre elas a vacina contra varicela (catapora), contra o vírus influenza (gripe), a vacina pneumocócica e a meningocócica. Atualmente elas estão disponíveis no Crie (Centro Regulador de Imunizações Especiais) apenas em casos específicos, como pessoas portadoras do vírus HIV, com anemia falciforme ou outras anomalias congênitas.


"A iniciativa é inovadora como política pública, pois a vacina é o que temos de mais consagrado como medicina preventiva. Na Espanha, nos EUA e na Inglaterra já existe o calendário diferenciado e nós agora vamos seguir essa tendência", diz Linamara Rizzo Battistella, secretária estadual dos direitos das pessoas com deficiência.

As vacinas serão disponibilizadas nas unidades do Crie. Cidades que não possuem o centro deverão encomendar as vacinas via postos de saúde.


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