terça-feira, 17 de março de 2009

Metrô dá tratamento especial para cadeirantes

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Jogador de basquete sobre rodas aprova o serviço de apoio ao embarque e destaca a existência de rampas.


Portadores de necessidades especiais podem se sentir seguros para andar de Metrô.
Se precisarem de ajuda, funcionários da companhia estão prontos para servi-los.
A pedido da coluna, o jogador de basquete sobre rodas Willian Albino Prudêncio, de 31 anos, testou o serviço, que foi aprovado.
Willian sofreu uma lesão medular há oito anos, ao ser atropelado por uma adolescente de 15 anos, que dirigia alcoolizada.
Apesar de usar cadeira de rodas, o atleta da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) circula sozinho por São Paulo.
Para fazer o teste, ele pediu ajuda, primeiro, na estação Tucuruvi. Imediatamente, uma funcionária o acompanhou até o elevador que o levou à plataforma. Quando o trem se aproximou, ela o orientou a entrar no primeiro vagão. De lá, a funcionária usou o telefone da plataforma para avisar o Centro de Controle de Operações de que Willian iria descer do Paraíso.
Quando o atleta chegou lá, uma pessoa já o aguardava. O jogador, então, comunicou que precisaria embarcar na Linha Verde e que desceria no Trianon-Masp. A cadeira de Willian não tem alças para ser empurrada, mesmo assim o funcionário o acompanhou até o embarque. Na plataforma, um outro cadeirante esperava o trem e o funcionário perguntou se ele precisava de ajuda. O passageiro recusou.

Pacientes e educados

Na estação Trianon-Masp, mais uma vez o serviço se mostrou eficiente. O metroviário que o recebeu sugeriu que Willian subisse de elevador, mas ele preferiu ir de escada rolante. Todos os que auxiliaram o atleta durante o teste se mostraram pacientes e educados, falando apenas o essencial, sem incomodar.
No caminho de volta, Willian não solicitou ajuda e não foi abordado por ninguém. No mesmo vagão, no trajeto Paraíso-Tucuruvi, havia uma deficiente visual que desceu na estação Santana. Quando o trem parou, um funcionário já a aguardava. “O serviço funciona mesmo. Além disso, há rampas de acesso nas estações. Quem não tem mobilidade, pode usar o Metrô.”

Auxílio existe desde 1974

O Metrô informou que, em 2008, treinou dois mil funcionários para auxiliar pessoas com deficiência visual, dificuldades de locomoção e cadeirantes. O serviço existe desde 1974. Os deslocamentos são monitorados pelo Centro de Controle Operacional. Os trens possuem locais sinalizados para embarque e estacionamento de cadeira de rodas e assentos para uso preferencial. Algumas estações já contam com pisos táteis de alerta para deficientes visuais. Nas horas de pico, há o embarque preferencial em Corinthians-Itaquera, Palmeiras-Barra Funda, Sé, Luz e Paraíso.

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