domingo, 8 de março de 2009

Mulheres com Deficiência

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MULHERES DEFICIENTES SEM LIMITES PARA O AMOR

Muita gente pensa que a deficiência impede o relacionamento amoroso e sexual, mas isso não é verdade. Derrubando mitos e preconceitos, é a cada dia maior o numero de mulheres deficientes que estão saindo vitoriosas de uma luta comovente e garatindo seu direito não só de amar, mas de casar e ter filhos.

Reportagem de Ana Maria Morales Crespo, jornalista, portadora de deficiência física, presidente do Centro de Vida Independente Araci Nallin.
"As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental" disse um dia Vinícius de Moraes, resumindo e definindo as aspirações da maioria dos homens em relação às mulheres. Felizmente, para as não tão bonitas nem tão perfeitas a beleza é um conceito relativo. Tudo depende de comparado com o que. Mas o que acontece quando a distância entre o padrão de beleza adotado e a mulher a ser comparada é muito maior do que determinam alguns quilos a mais, o tamanho dos seios, a perfeição do corpo ou os traços do rosto?

"Muitas pessoas pensam que o preconceito é coisa da nossa cabeça", diz Célia, 26 anos, estudante de biblioteconomia, portadora de seqüelas de poliomielite e que por isso usa aparelho ortopédico e bengalas. "Mas eu garanto que não é. Por exemplo, se estou sentada, não dá para perceber que sou deficiente. Perdi a conta de vezes em que rapazes me paqueraram em barzinhos. Só que, na hora em que eu me levantava, o interesse deles ia para o espaço. Só uma vez foi diferente Quando peguei minhas bengalas o rapaz disse: 'Continua linda!' A gente ficou juntos por dois anos".
As experiências negativas de Célia são compartilhadas por outras mulheres deficientes. "É difícil a visão de um corpo que mostra a possibilidade de nossa integridade corporal ser afetada", explica a psicóloga Lilia Pinto Martins, ela própria portadora de uma deficiência. "Ainda mais um corpo de mulher, tão cheio de significados ligados à idéia da maternidade. Como é que ela, feita para gerar, pode ter marcas que, à primeira vista, se opõem a essa concepção?"
Se é um fato que a deficiência pode acarretar limitações físicas, é certo também que não são essas limitações, em si mesmas, que fazem com que a pessoa deficiente seja estigmatizada pela sociedade. "No conjunto dos valores culturais que definem o indivíduo normal, estão incluídos padrões estéticos voltados para um corpo esculturalmente bem-formado. De certa forma, quem foge desses padrões agride a normalidade", diz o sociólogo João Batista Cintra Ribas, autor do livro "Quem são pessoas deficientes" (Ed. Brasiliense). Isso significa que a distância que separa a mulher deficiente de uma não deficiente é maior do que aquela que distingue a mulher comum de uma Bruna Lombardi.

Mas engana-se quem pensa que as mulheres deficientes estejam escondidas em casa, longe do mundo e dos homens. Cada vez mais elas estão indo à luta, mesmo que não seja fácil nem agradável expor-se a julgamentos e preconceitos. "Meu namorado contou que há muito tempo estava interessado em mim, mas temia abrir o jogo. Tinha medo de me magoar, caso estivesse enganado sobre seus sentimentos. Tinha medo de me machucar durante o ato sexual ou de eu não poder fazer amor, por causa da minha deficiência. E, por último, tinha medo de falhar na hora H, justamente por causa de tantos medos" .

"Não sou mais frágil do que a maioria das mulheres"


Aas mulheres, deficientes ou não, são ensinadas a valorizar mais outras qualidades no homem, como inteligência, honestidade, bom humor do que a mera aparência física.

Não superestimar nem subestimar as dificuldades

Fazer de conta que a deficiência não existe é outra atitude que, longe de ajudar, pode atrapalhar. "Tenho um amigo que acha que todos somos, de certo modo, deficientes e, por isso, ele faz questão, segundo a visão dele, de me tratar igual a todo mundo", diz Sônia, 19 anos portadora de seqüelas de pólio e que anda com aparelhos. "Quando andamos juntos, não se preocupa em acompanhar o meu passo. Além de considerar isso uma falta de delicadeza, acho que no fundo ele não quer ser visto ao meu lado. Preferiria que ele não fosse tão ‘destituído’ de preconceito e respeitasse o meu ritmo."
Quando tratamos um deficiente como se ele não o fosse estamos desrespeitando suas limitações. Se não é justo superestimar suas dificuldades, também não é correto subestimá-las. Tratar igualmente os desiguais não significa necessariamente fazer justiça. A deficiência, em si, não é ruim nem boa — trata-se apenas de aprender o melhor modo de conviver com ela. Nesse aprendizado, ingredientes como acreditar em si mesmo, olhar o mundo de frente, ver as pessoas em sua dimensão verdadeira e ir à luta sem medo são absolutamente essenciais.

Quem quiser ler a reportagem na íntegra, acesse:



Um comentário:

  1. meu nome e mj e estou apaixonado por uma linda garota q tem uma deficiencia fisica,e ela tambem gosta muito de mim o q devo fazer?

    pois eu sou cara normal sera q isso e normal se apaixonar

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