SÃO PAULO - Uma nova intervenção terapêutica desenvolvida pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis promete melhorar a vida de pacientes com doença de Parkinson.
Ele e seus colegas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, encontraram um caminho mais longo, porém muito mais seguro, para estimular as áreas do cérebro afetadas pela doença, aliviando os sintomas e reduzindo os efeitos colaterais da terapia convencional.
Em vez de introduzir eletrodos no núcleo cerebral - uma cirurgia invasiva e de alto risco -, a equipe optou por uma rota alternativa inédita: estimular a medula espinhal, por meio de uma microcirurgia semi-invasiva e de baixíssimo risco.
Os primeiros testes com animais renderam resultados positivos. Os cientistas planejam continuar a pesquisa com macacos e seres humanos ainda neste ano, no Brasil.
O estudo é destaque de capa da edição de hoje da revista americana Science.
Nicolelis acredita que a técnica poderá se transformar em um novo padrão para o tratamento de Parkinson - não só nos estágios mais avançados da doença, como ocorre com a cirurgia cerebral, mas desde o início, em combinação com a terapia medicamentosa. ?
Todo paciente poderia ter acesso a essa técnica, disse Nicolelis ao Estado. Em um ano, acho que já dá para começar os testes clínicos.
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