Eles têm formações diferentes, deficiências diferentes, mas estão juntos diante das câmeras do "Assim vivemos", novo programa da TV Brasil. Nelson Pimenta e Moira Braga apresentam a atração, que tem como objetivo não só discutir a inclusão e superação de pessoas com deficiência como fazer com que elas se interessem por televisão. E por que não?
- Eu até vejo novelas e filmes, mas às vezes perco uma cena chave porque ela não tem diálogo - diz Moira, que perdeu sua visão gradativamente. - Ter um programa com audiodescrição como esse dá uma independência fantástica para quem não enxerga - comemora.
- Eu até vejo novelas e filmes, mas às vezes perco uma cena chave porque ela não tem diálogo - diz Moira, que perdeu sua visão gradativamente. - Ter um programa com audiodescrição como esse dá uma independência fantástica para quem não enxerga - comemora.
Formada em Comunicação Social, ela foi convidada para dividir a apresentação do "Assim vivemos", que estreou no domingo passado, ao lado de Pimenta, surdo de nascença e graduado em cinema. A ideia é que os dois não só representem o universo dos deficientes como deem a eles a oportunidade de se envolver com as questões tratadas.
Para isso, a atração conta com audiodescrição (narração das imagens que são exibidas), forma de auxiliar quem não enxerga; e um intérprete de linguagem dos sinais, no canto da tela, para ajudar quem não escuta. Há ainda a opção de legenda oculta.
- Gosto de televisão, mas tenho problemas com o entendimento do conteúdo. Nunca tem linguagem de sinais e pouca coisa é legendada - informou Nelson, em entrevista por email.
Nos 26 episódios do programa, a dupla vai apresentar documentários e um perfil de um personagem com deficiência. A diversidade desses retratos não vale só para quem estiver do outro lado da tela. Nos bastidores, a convivência de Moira e Nelson também tem enriquecido as experiências dos dois sobre o tema.
- A gente não se conhecia antes e estou achando essa troca muito legal. São dois universos bem distantes - conta Moira, que se comunica com o colega por meio de um intérprete de língua dos sinais.
0 comentários:
Postar um comentário