Organizador do livro “Sexualidade, Cinema e Deficiência” fala dos perigos de ignorar questões ligadas ao sexo.
A sexualidade desperta no ser humano reações ambíguas. Por um lado, ela é vista como uma fonte de prazer. Por outro, também é uma fonte de pecado. Se a questão já é polêmica para pessoas que não são portadoras de deficiências mentais ou físicas, para os deficientes o assunto é ainda mais complicado. Normalmente, a família e os profissionais que trabalham com deficientes tendem a ver a sexualidade deles de duas formas. Ou a pessoa é uma espécie de anjo e todos assumem que ela simplesmente não pensa em sexo, ou ela é vista como quase bestial, por não conseguir controlar seus impulsos, resume Thiago de Almeida, psicólogo e pesquisador da USP (Universidade de São Paulo). Mas o fato é que, independente de ser deficiente ou não, os hormônios que pipocam na época da adolescência têm o mesmo efeito em todos. E a sexualidade não é definida apenas pelo coito. Inclui o erotismo, a vontade de se relacionar e outros aspectos, acrescenta Almeida. Segundo o psicólogo, a melhor abordagem é tratar a questão com naturalidade. Se o deficiente fizer perguntas sobre sexo, elas devem ser respondidas sem pudores e sem mentiras. A privação de informações pode levar a um comportamento sexual errôneo, que pode significar a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis, ou uma gravidez indesejada, alerta. Almeida destaca ainda alguns filmes que tratam sobre o assunto, que podem ser úteis como fonte de informação para lidar com a questão.
Confira:
Muito Além do Jardim, 1979
Do Luto à Luta, de 2005
Asas do Desejo, de 1987
Enxergando Através do Amor, de 1996
Loucos por Amor, de 2005
Simples como Amar, de 1989
Babel, de 2007
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