segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mudanças nas embalagens

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Para saber a opinião do consumidor sobre a mudança das embalagens dos medicamentos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária está fazendo uma consulta pública pela internet.

O que você gostaria de mudar nas embalagens dos remédios? Para saber a opinião do consumidor sobre o assunto a Anvisa - a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - está fazendo uma consulta pública pela internet. É um desafio: você consegue ler a data de fabricação e a validade do remédio que toma? “Quase que dá. Tem que ter uma lupa”, diz o aposentado Adenor Mesquita. “Tem que focar, né? Realmente tá difícil”, diz Manoel Leão Filho, prático de farmácia. “Tá transparente, sei lá, não ta dando pra mim enxergar, não”, afirma Maria Batista Moreira, aposentada. “Tem que fechar um olho pra poder olhar com o outro. Por quê?”, pergunta Adenor Mesquita, aposentado.

A Anvisa quer criar novas regras para as embalagens dos remédios. Um dos pontos principais é mudar e padronizar a maneira de informar as datas de fabricação e de validade. Pela proposta, informações apenas em relevo, deixarão de existir. As datas terão que ser impressas com tinta que contraste com a caixa e em letras grandes. As substâncias que compõem o medicamento e as quantidades de cada uma que hoje aparecem nas bulas terão de ser informadas também na embalagem. No caso de remédios que deixam o paciente com sono, a caixa terá que vir com a frase "Não dirigir", em letras maiúsculas, além de um símbolo. “Essa é uma questão de direito do consumidor. Ele precisa saber o que está comprando, como utilizar e a quem recorrer em caso de algum problema”, diz Dirceu Raposo, presidente da Anvisa.

Outra mudança é obrigar os laboratórios a escrever nas caixas em braile. O nome do remédio e o princípio ativo. Antônio é cego e toma todos os dias um remédio para controlar a pressão alta. “Esse remédio ficá lá num canto exclusivo, ninguém mexe. Se alguém mexer e colocar em outro lugar, eu corro o risco de tomar o remédio errado”, diz ele. Para ele a novidade é um avanço. “É muito importante porque vai dar segurança e independência ao deficiente visual, ao cego, pra que ele use com consciência o remédio, sabendo o que está tomando, sabendo o que está consumindo”, diz ele.

Fonte: G1

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