sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Táxis Acessíveis querem mais incentivos

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Circular de táxi pelos quatro cantos da cidade sempre foi um problema e um incômodo para os usuários de cadeiras de rodas. Os veículos contratados não são devidamente adaptados para acomodá-los nem os motoristas treinados para recebê-los.
Diante do problema, foram criados os Táxis Acessíveis e, desde o início do ano, foram acrescentados à frota de 32.700 táxis metropolitanos 30 novos veículos, do tipo Fiat Doblo, perfeitamente adaptados para o uso exclusivo do serviço.
"Há muito tempo a Prefeitura não libera novos alvarás para táxis na cidade, devido à grande oferta do serviço. Mas em razão da necessidade de atendimento ao deficiente físico, a Secretaria Municipal de Transportes ainda tem 50 licenças especiais e gratuitas disponíveis", explica a vereadora Mara Gabrilli (PSDB), cuja própria dificuldade de locomoção – ela tornou-se tetraplégica após sofrer um grave acidente de automóvel em 1994 – levou-a a lutar por melhores condições de acessibilidade urbana para os deficientes físicos.
Embora os Táxis Acessíveis, como foram batizados, comecem a fazer sucesso entre os passageiros cadeirantes, a procura dos taxistas pelos alvarás, apesar de gratuitos, ainda é muito pequena. "Na primeira chamada, nove motoristas autônomos encomendaram os carros. Mas na segunda, no mês passado, apenas dois arriscaram a sorte", diz Jorge Morishita, um dos motoristas pioneiros
Desilusão – Novo na praça, Morishita está desiludido com o investimento. Apesar da Secretaria Municipal de Transporte (SMT) ter promovido dois eventos para a divulgação do novo serviço e que tiveram ampla repercussão na mídia, para o taxista isso ainda não foi o suficiente para assegurar o rendimento e a solidez do seu novo negócio.
"Se a Prefeitura parar por aí e não der mais incentivos e subsídios para alavancar a proposta, em um ano não haverá mais o serviço. Já há viaturas com ordem de busca e apreensão, por falta de pagamento das parcelas financiadas", lamenta o motorista.
O custo total de cada veículo adaptado é de R$ 90 mil. Os Doblos foram escolhidos em razão do tamanho (nem grandes nem pequenos demais) e os únicos com a largura necessária para acomodar uma cadeira de rodas, além de obedecer as demais especificações do Conselho nacional de Trânsito (Contran). Eles também possuem ar-condicionado e música ambiente.
Ao abrir a porta traseira do carro, uma plataforma automática é acionada por controle remoto, recebendo o cadeirante com todo o conforto. Ele viaja protegido por dois jogos de cintos de segurança, um para si e outro para a cadeira.

Entretanto, como os táxis acessíveis não podem transportar passageiros comuns, a clientela é extremamente reduzida, dependendo basicamente de solicitações via rádio. "Faço, em média, 40 corridas mensais. Mas, às vezes, são tão curtas que mal consigo pagar o combustível", lastima Morishita.
Frotas – As frotas de táxis apostam na novidade. "Estamos investindo na ideia", diz Ricardo Auriemma, presidente da Associação das Frotas de Táxi (Adetax). Operando 16 unidades, o grupo de 50 empresas associadas fornece treinamento aos motoristas, cobrando-lhes uma porcentagem nos rendimentos.
Demanda – "Em agosto atendemos a 1.100 chamadas", disse Auriemma. A tarifa do Táxi Acessível é a mesma do comum, acrescida de uma taxa fixa de R$ 3,50. "O negócio é promissor, a demanda vem aumentando um pouquinho a cada mês", aposta o presidente.
Com poder de fogo para um investimento inicial de R$ 1,5 milhão, Auriemma admite que as reclamações em relação ao serviço são grandes, principalmente para os autônomos, pois a adaptação do veículo é muito cara (R$ 33 mil), sem qualquer incentivo fiscal.
"É preciso agir rápido, ou o táxi acessível, que tanto agradou a população com deficiência física, corre o risco de acabar por simples falta de conhecimento da sua existência", alerta a vereadora Mara Gabrilli.

Quem atende:

1.Alô Táxi: 3229-7688 / 3228-1400 / 3326-0505
2.Fuji Táxi: 5073-3600 / 5077-3999
3.Delta Rádio Táxi: 5072-4499
4.Metrópole Rádio Táxi: 5575-6681
5.Super Táxi: 3982-6414

Fonte: Diário do Comércio

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