sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Drama de Luciana de ‘Viver a Vida’ é inspirado na experiência pessoal de Flávia Cintra

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( Flávia sofreu acidente há 18 anos e superou o drama, chegando a ter filhos gêmeos )

A cena em que o ônibus de Luciana (Alinne Moraes) capota no capítulo de hoje de ‘Viver a Vida’ será acompanhada por uma telespectadora especial: a jornalista Flávia Cintra, de 36 anos. Cadeirante há 18, quando sofreu um acidente de carro na Rodovia Anchieta em São Paulo, ela dá consultoria ao autor Manoel Carlos para que ele escreva sobre o drama de Luciana, que ficará tetraplégica como a jornalista.

“Aceitei o convite para mostrar como é a vida de um cadeirante, sem estigmas. Na maioria das novelas, a deficiência física é um castigo para o vilão, ou, no final, o mocinho precisa voltar a andar para viver feliz”, argumenta Flávia, uma das fontes de inspiração do autor.

“Sou o referencial técnico do Maneco. A história da Luciana é também a minha e a de várias mulheres cadeirantes ou não”, explica ela, que, na última segunda, acompanhou a gravação da cena em que Luciana está no hospital e diz não sentir braços nem pernas.

“No estúdio, eu me emocionei e perguntaram se era por lembrar da minha história, mas me emocionei foi com a interpretação dela”, conta a jornalista, que ainda ajuda a atriz na elaboração da personalidade de Luciana. “Eu a ajudo a se posicionar na cadeira, mas também na questão da feminilidade e da sexualidade.

( Luciana acordará no hospital tetraplégica )

A personagem passará por um momento de negação, que acha que daqui a pouco vai ficar boa. Depois a revolta, porque é mimada. Se angustia com a situação, até descobrir seu potencial e se reencontrar”, enumera Flavia, em total sintonia com Maneco. “O papel está nas mãos de uma grande atriz, que faz um trabalho primoroso. Luciana terá momentos de total depressão e outros de reação, lutando contra a fatalidade”, diz o autor. Depois de vencer as etapas acima, Flavia enfrentou o despreparo médico ao engravidar. Um deles a desaconselhou a seguir com a gestação. Hoje, ela é mãe de Mateus e Mariana, de 2 anos.

“Essa é a maior realização da minha vida. Mas encontrei médicos mal informados. Muitas mulheres cadeirantes sequer são examinadas por seus médicos, o que aumenta os índices de câncer de colo de útero”, denuncia.

Fonte: O Dia Online

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