segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Modelo volta a andar após ficar tetraplégica em acidente

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É a história real de uma mulher que sofreu lesão na medula, e ouviu do médico que jamais voltaria a andar. Mas voltou. Uma conquista que serve de inspiração.
Uma história que você vai conhecer agora foge de quase tudo que se sabe sobre tetraplegia, a paralisia dos movimentos que atinge Luciana, a personagem de Alinne Moraes na novela “Viver a Vida”.
Camila e Kristie passaram pela mesma dor que a personagem Luciana, da novela "Viver a vida", sentiu esta semana.
"Eu surtei no CTI. Dizia que era piada, que aquilo não podia estar acontecendo comigo", lembra Camila Magalhães, tetraplégica há 11 anos.
“Uma das coisas mais frustrantes de quando você fica preso numa cadeira de rodas é que tudo é lento, tudo é devagar. Então só o fato de você estar em velocidade em cima de um cavalo, ter o vento no rosto, o cabelo voando, então isso triplica a intensidade desse bem-estar para uma pessoa que já ficou presa numa cadeira de rodas do que para outra”, Kristie foi atingida na cabeça por um portão.
Quem vê Kristie, uma mulher bonita, de 41 anos, jogadora de pólo internacional, nunca vai imaginar que ela tem uma história parecida com a Luciana da novela "Viver a vida". Aos 17 anos, ela também era modelo, sofreu um acidente e ficou tetraplégica, como a personagem.
"No início, eu não mexia nada do pescoço para baixo. Um médico chegou a dizer para eu parar de chatear todo mundo porque eu não ia conseguir nem sentar novamente. Ele disse que eu tive uma ruptura medular e que era impossível, não ia acontecer. Minha resposta para ele foi que eu sentia muito, mas como não tinha nada melhor para fazer, eu ia morrer tentando", lembra Kristie, que levou dez anos para conseguir andar sozinha.
Camila ficou tetraplégica aos 12 anos, vítima de uma bala perdida. "Na época, os médicos diziam que não teria jeito, eu não voltaria a me movimentar do pescoço para baixo e teria que fazer uma série de adaptações porque eu não conseguiria sentar direito. Acho que foi um dos piores diagnósticos", diz ela, que hoje está com 23 anos.
"A medula liga o cérebro ao corpo. A ordem para mover o braço ou a perna vem do cérebro. Se lesar em cima, vai atingir os quatro membros. Se lesar mais embaixo, vai atingir predominante as pernas. A partir do momento da ruptura e passa a ser tetraplégico, dificilmente a pessoa vai ficar com os mesmos movimentos de antes. A maioria, 90% dos casos, fica com uma seqüela maior. Mas ela aprende a usar os movimentos que tem para obter qualidade de vida, ser independente, trabalhar, estudar e ser feliz", explica a neurocientista da Rede Sarah, Lúcia Braga.
A Doutora Lucia explica que não há casos na história da medicina de reversão da tetraplegia quando a ruptura da medula é total. E nos casos de ruptura parcial, como de Kristie, apenas 2% voltam a andar. E Kristie fez de tudo para estar entre eles. "Terapia passiva, seis horas dentro d'água todo dia, jatos de areia para estimular a circulação, banhos de parafina para condicionar as pernas", conta Kristie.
"Eu participei de uma pesquisa com células-tronco em Portugal, em fase de pesquisa. Tive mais percepção do corpo, mais sensibilidade, mais força. Alguns movimentos leves. As pessoas acham que vai colocar célula-tronco e vai voltar a andar no dia seguinte, não é bem assim ", diz Camila.
"Eu consigo dobrar a perna, mas não consigo colocar peso no joelho dobrado. Ao andar, eu levanto um pouco mais um pé até o outro sair do chão. Em seguida, eu desloco o quadril", explica Kristie.
"Eu acredito que vou voltar a andar, não tenho dúvida disso", afirma Camila.
"Quem não participou do problema e não me viu tetraplégica, normalmente diz que não aconteceu. Eu já me expus a médicos que não acreditaram. Se quiserem me examinar, estou aqui", anuncia Kristie.
Kristie está casada, tem cinco filhos, e hoje ajuda pessoas com o mesmo problema através de eventos beneficentes de seu time de pólo. Ela manda um recado para as pessoas que vivem hoje o problema que ela viveu aos 17 anos e que a personagem da novela está vivendo: "Por favor, concentrem-se em fazer o que lhes dá prazer, o que lhes dá poder, o que lhes dá capacidade de contribuir. Continuem desenvolvendo duas inabilidades, mas não deixem de dar valor as suas habilidades".



Fonte: G1

DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

3 comentários:

  1. pois eh, sofri um acidente de carro há 02 anos tive compressão da medula c5 c6, estou fazendo muita fisioterapia, EU VOU VOLTAR ANDAR, TENHO CERTEZA .

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  2. heu estou assim tbm mais n disanimo faso de tudo pra voutar a andar mais as pessouas me disanimão dentro de casa matheus baldo tarumã sp

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  3. Olá sofri um acidente de moto em 03/01/2006 tive uma compressão c4 e c5 na época fiquei com tetraplegia, fiquei muito triste pois so tinha 19 anos veio um filme em minha cabeça pensei em tantas coisas que poderia ter feito e não podia fazer mais n epoca os médicos me disseram que poderia andar com 1 anos ou nunca mais mas para deus nada é imposivel em 2 meses de fiseoterapia comei a ficar de pé dali para frente foi todo dum processo para voltar a andar passei pelo andador, moletas etc. Muitas pessoas não acreditavam que poderia andar novamnete com muito esforço e força de vontade conseguir quebra esta bareira e hoje vejo que tudo que passei em seçoes de fiseterapia valeram a pena por isso eu digo a todos vocês nunca desistam de seus sonhos crie uma meta e diga eu vou andar deus esta com você. Um grande abraço TRM Serra / ES

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