A paixão pelo esporte já dura uma década. Tudo começou em 1999 quando Sérgio Vida começou a andar de kart. Ele conta que após assistir a uma corrida em Curitiba - cidade onde nasceu e mora atualmente com a esposa e os dois filhos - achou divertido e resolveu entrar para a brincadeira. A partir daí percebeu que não poderia mais ficar longe das pistas, nem mesmo após ter sofrido um acidente de carro, há 23 anos, que o deixou paraplégico. Hoje aos 44 anos, Sérgio coleciona várias conquistas no Kartismo e é o primeiro piloto cadeirantea disputar a Copa Vicar - categoria de acesso ao primeiro grupo da Stock Car.
Além da corrida, o tiro esportivo também faz parte da vida do piloto. Com este esporte Sérgio coleciona várias medalhas. Na entrevista a seguir, ele fala sobre sua relação com o automobilismo, a adaptação de seu carro, das vitórias nas pistas de Kart e da emoção de estar na Stock Car.
Quando entrou para o automobilismo?
Comecei a praticar o Kartismo há 10 anos quando fui assistir uma corrida entre meus primos. Fiquei assistindo a brincadeira deles e pensei: "Puxa vida bem que eu poderia estar ali me divertindo também". No dia seguinte, quando fui fazer a revisão de rotina na adaptação do meu carro, disse para o mecânico que gostaria de tentar pilotar um kart. Na mesma hora ele trouxe uma adaptação para que eu pudesse experimentar. Alguns dias depois adaptamos um kart indoor e, quando dei a primeira volta, senti toda a adrenalina de pilotar e vi que aquele esporte eu jamais deixaria de praticar.
Como se deu a estréia na Stock Car Brasileira?
Fiquei numa expectativa grande por ser um piloto paraplégico e o primeiro a participar da Stock Car, que sempre foi uma categoria que eu queria andar. Quando o Afonso Rangel (chefe de equipe da Rangel Power) ligou me convidando aceitei na hora. A minha primeira corrida na Stock aconteceu aqui, em Curitiba, em outubro. Nesta disputa eu não completei a prova por problemas de freio. Já na segunda corrida, que foi realizada este mês em Brasília, eu alcancei o meu objetivo que era completar a prova.
Como é a adaptação do carro em que você corre?
Eu corro em um carro com adaptações para acelerador, freios e embreagem. Todas desenvolvidas pela HN Adaptações aqui de Curitiba. Foi feita uma adaptação por um aro atrás do volante, onde acelero. Há também uma alavanca entre volante e cambio, onde fica o freio. Nela, está acoplada uma embreagem servo-assistida, onde toco no botão e vou reduzindo. Para fazer as trocas de marchas, sem a necessidade de acionar-se o pedal de embreagem, utilizo o sistema powershift, um dispositivo utilizado por todos os pilotos.
De quais outras corridas você já participou antes de entrar para a Stock Car?
Participei de muitas corridas antes da Stock Car, mas todas foram relacionadas ao Kart. Nesta modalidade do automobilismo já disputei corridas de longa duração, tendo conquistado por duas vezes as 500 milhas de Joinville, em 2001 e 2002, o Campeonato Paranaense de Kart Indor 2001 e 2003. No ano passado, conquistei o Campeonato Paulista de Parakart . Esta foi uma campanha invejável, pois foram 5 corridas, 5 vitórias e 5 pole positions. Este campeonato me projetou para outras categorias tendo sido sondado para correr na F3 Sul Americana, Fórmula Renault, e por último a Stock Car.
Como é a sua rotina de treinos?
Minha rotina envolve treinamentos com kart de competição e musculação. Duas a três vezes por semana em cada um. Antes, eu praticava o kart como esporte principal. Hoje eu o utilizo para ter bom desempenho na Stock Car.
Qual outro esporte você pratica?
Sou integrante da equipe paraolímpica de Tiro Esportivo, tendo um currículo também bem extenso. Até hoje sou penta campeão brasileiro de Pistola Sport, tetra campeão brasileiro de Pistola de Ar e penta campeão brasileiro de Pistola Livre. Acumulo 14 recordes brasileiros em diversas modalidades. E fui campeão mundial de Pistola Sport em 2005.
Quais são seus planos para o próximo ano?
Este ano eu ainda disputarei a última prova da Stock Car que acontecerá no Autódromo de Interlagos, no dia 06 de dezembro, em São Paulo. Em 2010, o meu objetivo é participar, na minha categoria, como piloto profissional durante o ano todo em todas as etapas da Stock Car, que é composta por 8 provas e obter bons resultados para futuramente poder participar da categoria principal, a V8.
Mas você já é um piloto profissional, não?
Sim. Sou considerado um piloto profissional, pois passei no teste na Confederação Brasileira de Automobilismo e fui autorizado a disputar a Stock Car, mas a idéia é me tornar um piloto profissional remunerado. Para isso é preciso conseguir mais patrocínios. Hoje temos ótimos patrocinadores, mas ainda não é o suficiente para suprir todo o custo que preciso para correr na categoria. Por isso, o nosso objetivo no próximo ano também é conseguir mais patrocínio.
Fonte: Sentidos
DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com
Além da corrida, o tiro esportivo também faz parte da vida do piloto. Com este esporte Sérgio coleciona várias medalhas. Na entrevista a seguir, ele fala sobre sua relação com o automobilismo, a adaptação de seu carro, das vitórias nas pistas de Kart e da emoção de estar na Stock Car.
Quando entrou para o automobilismo?
Comecei a praticar o Kartismo há 10 anos quando fui assistir uma corrida entre meus primos. Fiquei assistindo a brincadeira deles e pensei: "Puxa vida bem que eu poderia estar ali me divertindo também". No dia seguinte, quando fui fazer a revisão de rotina na adaptação do meu carro, disse para o mecânico que gostaria de tentar pilotar um kart. Na mesma hora ele trouxe uma adaptação para que eu pudesse experimentar. Alguns dias depois adaptamos um kart indoor e, quando dei a primeira volta, senti toda a adrenalina de pilotar e vi que aquele esporte eu jamais deixaria de praticar.
Como se deu a estréia na Stock Car Brasileira?
Fiquei numa expectativa grande por ser um piloto paraplégico e o primeiro a participar da Stock Car, que sempre foi uma categoria que eu queria andar. Quando o Afonso Rangel (chefe de equipe da Rangel Power) ligou me convidando aceitei na hora. A minha primeira corrida na Stock aconteceu aqui, em Curitiba, em outubro. Nesta disputa eu não completei a prova por problemas de freio. Já na segunda corrida, que foi realizada este mês em Brasília, eu alcancei o meu objetivo que era completar a prova.
Como é a adaptação do carro em que você corre?
Eu corro em um carro com adaptações para acelerador, freios e embreagem. Todas desenvolvidas pela HN Adaptações aqui de Curitiba. Foi feita uma adaptação por um aro atrás do volante, onde acelero. Há também uma alavanca entre volante e cambio, onde fica o freio. Nela, está acoplada uma embreagem servo-assistida, onde toco no botão e vou reduzindo. Para fazer as trocas de marchas, sem a necessidade de acionar-se o pedal de embreagem, utilizo o sistema powershift, um dispositivo utilizado por todos os pilotos.
De quais outras corridas você já participou antes de entrar para a Stock Car?
Participei de muitas corridas antes da Stock Car, mas todas foram relacionadas ao Kart. Nesta modalidade do automobilismo já disputei corridas de longa duração, tendo conquistado por duas vezes as 500 milhas de Joinville, em 2001 e 2002, o Campeonato Paranaense de Kart Indor 2001 e 2003. No ano passado, conquistei o Campeonato Paulista de Parakart . Esta foi uma campanha invejável, pois foram 5 corridas, 5 vitórias e 5 pole positions. Este campeonato me projetou para outras categorias tendo sido sondado para correr na F3 Sul Americana, Fórmula Renault, e por último a Stock Car.
Como é a sua rotina de treinos?
Minha rotina envolve treinamentos com kart de competição e musculação. Duas a três vezes por semana em cada um. Antes, eu praticava o kart como esporte principal. Hoje eu o utilizo para ter bom desempenho na Stock Car.
Qual outro esporte você pratica?
Sou integrante da equipe paraolímpica de Tiro Esportivo, tendo um currículo também bem extenso. Até hoje sou penta campeão brasileiro de Pistola Sport, tetra campeão brasileiro de Pistola de Ar e penta campeão brasileiro de Pistola Livre. Acumulo 14 recordes brasileiros em diversas modalidades. E fui campeão mundial de Pistola Sport em 2005.
Quais são seus planos para o próximo ano?
Este ano eu ainda disputarei a última prova da Stock Car que acontecerá no Autódromo de Interlagos, no dia 06 de dezembro, em São Paulo. Em 2010, o meu objetivo é participar, na minha categoria, como piloto profissional durante o ano todo em todas as etapas da Stock Car, que é composta por 8 provas e obter bons resultados para futuramente poder participar da categoria principal, a V8.
Mas você já é um piloto profissional, não?
Sim. Sou considerado um piloto profissional, pois passei no teste na Confederação Brasileira de Automobilismo e fui autorizado a disputar a Stock Car, mas a idéia é me tornar um piloto profissional remunerado. Para isso é preciso conseguir mais patrocínios. Hoje temos ótimos patrocinadores, mas ainda não é o suficiente para suprir todo o custo que preciso para correr na categoria. Por isso, o nosso objetivo no próximo ano também é conseguir mais patrocínio.
Fonte: Sentidos
DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com
ESTOU MUITO EMOCIONADO AO SABER DA SUA PROFISSÃO POIS SOU MALUCO COM DIREÇÃO, TIREI CARTEIRA E NÃO MAIS DIRIGI POR CONDIÇÃO FINANCEIRA MAS TUDO BEM VENDO VC SINTO CADA VEZ MAIS QUE POSSO UM DIA TER UM CARRO E VOLTAR A DIRIGIR, PELO MENOS PRA MIM JÁ FOI UMA GRANDE VITÓRIA TIRAR CNH . UM GRANDE ABRAÇO...
ResponderExcluirEM BELO HORIZONTE CONSIGO SER UM PILOTO PROFISSIONAL COMO VC ?
ResponderExcluir