segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sexualidade das pessoas com deficiência: mitos e verdades

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São Paulo, novembro de 2009 – Não é de hoje que o sexo é um tabu para homens e mulheres. O assunto fica ainda mais difícil quando a sexualidade é o tema central de relacionamentos que envolvem pessoas com deficiência física, vítimas de lesão medular. Na novela Viver a Vida, da Rede Globo, a personagem Luciana (interpretada pela atriz Aline Moraes), vítima de um acidente de trânsito terá sua história envolvida com os desafios da tetraplegia, com mudanças que afetarão todos os seus relacionamentos, inclusive o namoro. Mas na vida real, como acontecem as relações afetivas e adaptações das pessoas que por algum motivo se tornam deficientes?

Na Avape, Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência, uma equipe multidisciplinar desenvolve técnicas para auxiliar a vida de indivíduos em casos de lesão medular. Para Denise Teixeira, psicóloga especialista em sexualidade para pessoas com deficiência, as dúvidas dos indivíduos que, por uma lesão medular, ficam paraplégicos ou tetraplégicos são comuns em relação às questões sexuais e devem ser tratadas com seriedade e acompanhamento especializado. “Para os homens, a disfunção erétil e o medo do fracasso são as principais dúvidas e, no caso das mulheres, a fecundidade sempre está no centro das discussões”, conta.

“Apesar da lesão, muitos homens continuam com as funções de ereção e ejaculação intactas”, explica à psicóloga da Avape. Nesse caso específico, o principal é realizar um trabalho de orientação em conjunto com a parceira para que haja a aceitação com a ajuda da outra pessoa. Segundo Denise, também existe a necessidade de conversar sobre assuntos como a fecundidade, que não será tão simples após a lesão. “Já atendemos um casal em que o homem ficou paraplégico após um acidente doméstico, três meses antes do casamento e tivemos que fazer um trabalho de conscientização e adaptação para ambos”, diz.

Para as mulheres, o assunto é mais tranquilo, porque dependendo do grau da lesão não há nenhum tipo de interferência caso ela queira ser mãe. “Porém, também há necessidade de um trabalho de orientação para a vida sexual não causar constrangimentos à mulher”, afirma a especialista.

Sobre a Avape
Com 27 anos de atuação, a Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência) é uma instituição filantrópica de assistência social, que tem como missão promover as competências de pessoas com deficiência. Fundada em 1982, a entidade é considerada modelo de gestão e foi a primeira em sua área a receber a certificação ISO 9001. A Avape é reconhecida pelo trabalho de prevenção, diagnóstico, reabilitação clínica e profissional, qualificação e colocação profissional, programas comunitários e capacitação em gestão para organizações sociais. Oferece atendimento a pessoas com todos os tipos de deficiência, do recém nascido ao idoso. Desde o seu início, já realizou mais de 18 milhões de atendimentos gratuitos e inseriu 13 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Na busca de parâmetros internacionais, mantém parcerias e termos de cooperação técnica com diversas organizações do mundo.

Fonte: Trama Comunicação

DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

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