quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Faculdade de Araçatuba humaniza tratamento odontológico para pessoas com deficiência

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Trabalho foi reconhecido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1991

A Faculdade de Odontologia (FO), câmpus de Araçatuba, oferecerá entre os dias 18 e 19 de fevereiro um treinamento para humanizar o atendimento para as pessoas com deficiência. As aulas serão dadas pela ONG Humaniza Brasil, da cidade de Bauru. O curso será oferecido aos 40 profissionais do Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (Caoe), ou "Centrinho", como é popularmente conhecido.
O curso conjugará teoria e prática para promover um atendimento ainda mais atencioso, aperfeiçoando o serviço oferecido pelo Caoe desde 1984. O "Centrinho" foi pioneiro no País ao dar atendimento odontológico às pessoas com deficiência intelectual. Em 1991, teve seu trabalho reconhecido pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Atualmente, a unidade tem mais de 9 mil pacientes cadastrados, provenientes de diversos estados brasileiros e de países como Bolívia, Peru e Portugal.
O treinamento seguirá as diretrizes da Política Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde. Essa política existe desde 2003 para qualificar o atendimento por meio de trocas solidárias entre gestores, funcionários e usuários do Sistema Público de Saúde (SUS).
Segundo a organizadora do curso e agente administrativa do Caoe, Maria Cristina Storti Rasteiro, nem todo profissional de odontologia está preparado para tratar esse tipo de paciente. "A pessoa com deficiência, muitas vezes, apresenta complicações no organismo que podem dificultar o atendimento, como problemas pulmonares e cardíacos ou impossibilidade de tomar certos medicamentos", explica.
Por isso, o trabalho deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar que possa dar o suporte necessário ao cirurgião-dentista. Trabalham no "Centrinho" profissionais de diferentes áreas como dentistas, médicos, assistente social, psicóloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, auxiliares de odontologia e funcionários da área administrativa e da recepção. Além dos atendimentos prestados, a equipe também mantém intercâmbio cultural e científico com instituições nacionais e internacionais.
"Quando o centrinho foi criado, alguns pacientes chegavam aqui com problemas bucais agravados pela demora no atendimento, comprometendo a saúde como um todo", diz Maria Cristina. Isso acontecia porque os dentistas não conseguiam atendê-los e os familiares não sabiam a quem recorrer. Hoje, o centro realiza não apenas procedimentos de emergência, mas também o acompanhamento periódico dos pacientes.

Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo

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