segunda-feira, 26 de abril de 2010

Jovem cadeirante será instrutor de remo

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Descrição da imagem: foto do esportista Guilherme Iglesias, sentado em sua cadeira de rodas e segurando dois remos

A paixão pelo esporte parece não conhecer limites. Nem mesmo os obstáculos colocados pelo destino são capazes de impedir a formação de um atleta. Este é o caso de Guilherme Iglesias, um estudante de Educação Física, que agora se prepara para se tornar instrutor de Remo.
Por conta de um acidente de moto, que lhe deixou como seqüela uma lesão medular e, consequentemente, uma tetraplegia incompleta, Guilherme resolveu superar mais um desafio através do esporte. Ele está participando do Primeiro Curso Básico de Capacitação de Instrutores oferecido pela Confederação Brasileira de Remo, na Lagoa do Taquaral, em Campinas. Segundo o futuro instrutor de remo, esta é uma chance de se tornar multiplicador do ensino e de disseminar a inclusão. “Acho essa iniciativa fantástica. Primeiro por quebrar um tabu do estereótipo do profissional de educação física. Fazer o curso, me alimentar de conhecimento e exercer a função e provar que sem determinação, conhecimento e aprendizagem somos mais limitados que a própria deficiência me causa. Tem um valor social e muito de superação pessoal”, conta Guilherme.
Mas engana-se quem pensa que Guilherme é apenas um iniciante na modalidade. Morador de Indaiatuba, ele já articula, junto à prefeitura, a incorporação do remo no calendário das atividades municipais. Ele conta que já existe uma raia de remo construída dentro do Parque Ecológico que, pela falta de orientação técnica, tem sido mal aproveitada. Com a conclusão do curso o estudante não medirá esforços para reativá-la.
A segunda turma do Curso de Capacitação de Instrutores de Remo finaliza suas atividades neste final de semana. As aulas práticas na Lagoa do Taquaral podem ser acompanhadas pelo público das 8 da manhã às 6 da tarde.

Remar é Possível

O desenvolvimento do remo adaptado no Brasil ganhou força em meados de 2006, quando foi realizado o I Seminário de Remo Adaptado do País - "Remar é Possível". O evento divulgou todas as informações sobre essa modalidade esportiva adaptada às pessoas com deficiência: suas elegibilidades, tipos de barcos, treinamentos esportivos e especializados, características das pessoas e suas potencialidades, regras e regulamentos do esporte.
Nos últimos anos, o remo atraiu o interesse de pessoas com deficiência, motivadas pelo desafio que a modalidade proporciona. Ao contrário da maioria dos esportes paraolímpicos, o remo adaptado destaca-se por promover a integração de pessoas com distintas deficiências. As categorias são divididas por graus de mobilidade (total, de coluna e braços e apenas braços). Ou seja, atletas com deficiências diferentes podem e devem remar em um mesmo barco. Esta é uma das razões do remo ser considerado um esporte de caráter inclusivo, já que permite que atletas com e sem deficiência façam parte da mesma equipe e compitam em condições de igualdade.
Em 2001, a Federação Internacional de Remo (FISA) solicitou formalmente ao Comitê Paraolímpico Internacional (CPI) a inclusão do remo nos Jogos de 2008. Em julho de 2005 a CBR reativou seu Departamento de Remo Adaptável. O Brasil foi representado em Beijing por nove atletas. O remo é o caçula das modalidades do quadro de esportes paraolímpicos.

Fonte: Komunica Assessoria de Imprensa

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