sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Menino da Amazônia volta a andar com a ajuda dos Expedicionários da Saúde

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Silas, com a perna nova, pode ser o goleiro da turma e participar do jogo de futebol com os meninos da aldeia, outra vez. Nada disso se compara ao prazer de estar na floresta.

A expedição dos médicos e cirurgiões de Campinas, os Expedicionários da Saúde, se estendeu do Amazonas até São Paulo. Para cá eles trouxeram Silas, o menino que perdeu uma perna por causa da mordida de uma cobra surucucu e agora vai receber uma prótese. Ele está em uma clínica especializada em próteses para amputados.
“Ele está abismado, vendo as pessoas amputadas andando com aparelho e está maravilhado com isso, estamos criando um sonho para ele”, comemora o ortopedista Marco Antonio Guedes Pinto.
O médico ortopedista que atende Silas logo surpreende o menino. Ele também é um amputado.
Silas vai ganhar uma perna nova, de alumínio, plástico e titânio, o pé é de fibra de carbono revestida com pneu de avião. Pode caminhar pela floresta e até entrar na água. Tudo foi cedido por uma empresa alemã em parceria com a clínica que fez o trabalho.
Com a perna nova, Silas percebe que terá outros alcances. O pai, Lourival nem acredita que está vendo o filho tão feliz.
Silas ainda está em São Paulo e faz os últimos testes com a perna nova. Pisa em um pedacinho de terra, espaço restrito que a cidade permite.
Do espaço espremido de São Paulo para a largueza do Rio Amazonas. Na voadeira, são quatro horas pelo rio Amazonas e Andirá, depois uma troca para um barco menor, para poder entrar nas calhas estreitas e rasas dos braços do Rio Araticum que levam até a aldeia de Boa Fé.
Um menino acompanha o barco na margem. Curioso, quer ver quem está chegando. Tenta entender o que está acontecendo até reconhecer Silas.
Já em terra, o menino olha bem de perto que perna é aquela, tenta entender tanta novidade. Os outros meninos da aldeia também fazem companhia e sobem todos juntos até a casa de Silas e Lourival.
A mãe de Silas, com a filha mais nova no colo, viu o marido e o filho passarem e apenas sorriu, discreta. Depois de dois meses de ausência, eles voltam todos juntos para casa. Na porta de entrada, Silas para e se apóia. Tudo enfim reencontrado.
Lá dentro, além dos seis irmãos de Silas, outras tantas crianças da vizinhança. Quando tudo parece mais tranquilo a mãe faz perguntas e carinhos.
Silas, com a perna nova, pode ser o goleiro da turma e participar do jogo de futebol com os meninos da aldeia, outra vez. Nada disso se compara ao prazer de estar na floresta.



Fonte: Bom Dia Brasil - 06/08/10

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