Rafael Rodrigues exalta sensação de participar das 500 milhas: 'É indescritível'
Por João Gabriel Rodrigues
Cotia, São Paulo
No briefing antes da corrida, os pilotos da equipe Parakart ouviam com atenção as explicações do chefe de prova das 500 milhas da Granja Viana, em Cotia, São Paulo. Lá, foram avisados de que não teriam privilégios diante dos adversários. Durante todas as quase 11 horas de prova, andaram sempre entre os últimos e abandonaram depois de 321 voltas. Não importa. O grupo de oito participantes paraplégicos saiu da pista com um sorriso no rosto.
Foto: Rafael Rodrigues correu na Granja Viana pela
segunda vez (João Gabriel / Globoesporte.com)
Esta foi a segunda vez que a equipe disputou a Granja Viana. No ano passado, ela terminou em 53º entre 56 participantes. Gostam de correr devido ao respeito que são tratados. Não perdem tempo se lamentando. Pelo contrário. Em um dos dois karts da equipe (para facilitar a troca de pilotos), a inscrição “Se ‘tá’ ruim para mim, imagina para você!” mostra que todos estão ali para se divertir.
Campeão paulista e vice-campeão brasileiro de parakart, Rafael Rodrigues, o Rafinha, diz não ter palavras para explicar a sensação de correr ao lado de nomes como o de Rubens Barrichello.
- É uma sensação inexplicável. Só estando lá dentro para entender como é maravilhoso. Todos nos tratam de igual para igual. Se estamos mal, eles vêm atrás, encostam no nosso carro para pressionar. Não tem favorecimento algum
Rafael foi o responsável por pilotar o kart da equipe na largada. Chegou a ganhar 12 posições, mas não conseguiu manter o ritmo.
- Mesmo assim, estou feliz. Consegui não tomar volta de nenhum deles. É sensacional. Cheguei a entrar no trilho deles por meia volta – comemorou.
O piloto ficou tetraplégico aos 17 anos, depois que um muro da oficina onde trabalhava desabou em cima de suas costas. Logo depois, procurou esportes para fazer. Jogou basquete e foi cotado para seleção paraolímpica. Deixou o esporte e foi procurar nas pistas um novo rumo.
- Estar aqui é indescritível. Esses pilotos mostram que o parakart pode ser um celeiro para novos pilotos. Estamos prontos para competir com qualquer um em qualquer categoria – afirma Rafael, que também pratica ciclismo (handcycle) e busca índice para as Paraolímpiadas de Londres, em 2012.
Inscrição na traseita do kart faz brincadeira (Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)
Fonte: Globoesporte.com
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