Lei federal determina que todos os locais devem promover a facilidade de acesso para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida
Uma luta muito importante é para dar qualidade de vida a pessoas com necessidades especiais. É sempre bom lembrar que ações simples como estudar, trabalhar e até mesmo andar pelas ruas não são fáceis para quem é surdo, cego ou depende de cadeira de rodas.
Ainda falta muito a conquistar nas cidades brasileiras. A maioria das calçadas ainda não tem rampa de acesso. Por isso, a jornalista Aline Maziero precisa da ajuda da mãe. “A gente levou muito tombo em rampa mal feita, coisas mal estruturadas e mal planejadas para cadeirantes ou qualquer deficiente físico”, diz a jornalista Aline Maziero. “Eu teria dificuldade de entrar na loja, porque não tem corrimão. É uma coisa simples e de fácil instalação”, acrescenta o estudante Flávio Marques.
Poucas cidades têm o piso tátil, que ajuda a orientar os cegos. Mesmo onde existe o recurso, falta infraestrutura. “Na pista onde estou, ela tem de estar com a calçada bem arrumadinha, porque tem lugares em que a calçada está tão quebrada que você confunde a pista com o quebrado. Quer dizer, você perde a referência e não tem aquela segurança”, afirma o aposentado Mauro Eder.
Silvana Aguirre nasceu surda. Por meio da intérprete da língua de sinais, ela diz quais dificuldades enfrenta todos os dias. “Você vai ao médico e não tem comunicação, você tem de levar a mãe ou alguém da família”, conta Suliane, que é coordenadora do centro de atendimento ao surdo. Pela estimativa do IBGE, o Brasil tem 28 milhões de pessoas com deficiência. Uma lei federal de 2004 determina que todos os locais devem promover a facilidade de acesso para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Uma escola estadual em Campo Grande (MS) tem três andares. Por causa do projeto arquitetônico do prédio, foi impossível construir rampas. O jeito foi colocar elevador para que os alunos tivessem acesso entre um andar e outro.
O estudante Flávio Marques não entende por que em muitos lugares a lei da acessibilidade ainda não é respeitada. “As pessoas precisam entender que estamos falando de violação de direitos. Quando eu violo o direito de alguém ou permito que isso aconteça, eu abro precedente para que violem outros direitos meus ou dos outros”, comenta Flávio.
Fonte: Bom Dia Brasil
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