quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

É preciso levar o deficiente à escola, diz secretária da Pessoa com Deficiência de SP

Comente!

JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO
Resolver a situação de crianças deficientes que estão fora da escola e de enfermos abandonados em abrigos está entre as prioridades da médica Marianne Pinotti, 45, escolhida pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade.
Segundo a nova secretária, que entrou na gestão petista na cota do PMDB --ela foi candidata a vice na chapa de Gabriel Chalita (PMDB), que apoiou Haddad no segundo turno das eleições do ano passado-- menos da metade das escolas municipais de ensino infantil e fundamental tem acessibilidade arquitetônica.
A área de educação será alvo de suas primeiras ações na pasta, aproveitando o início das aulas, em fevereiro.
"Temos um trabalho grande para trazer as crianças que ainda estão em escolas especiais para o ensino regular e, mais que isso, buscar as que ainda nem estão estudando", disse Marianne à Folha.
A secretária afirmou que vai pedir recursos do Ministério da Educação para ampliar as salas de acompanhamento e apoio à inclusão no município, que hoje são 382.
Dos 54.630 professores da rede, cerca de 20 mil passaram por cursos sobre educação inclusiva ou tiveram contato com a modalidade de ensino.
"Há cerca de 18 mil alunos com deficiência hoje na rede e acredito que temos muito mais que isso em São Paulo."
deficientes em abrigos
Para Marianne, que dirigiu departamento do Hospital Pérola Byington e foi secretária da Saúde de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), outra prioridade são ações direcionadas a pessoas com deficiências que estão vivendo em camas de abrigos públicos.
"Não temos uma conta ainda, mas muitos precisam de cuidados médicos", disse.
Na saúde, sua especialidade, a secretária quer ampliar ações voltadas à mulher com deficiência, como atendimento ginecológico e cuidados básicos, e descentralizar atendimentos de reabilitação.
"Temos núcleos de reabilitação espalhados pela cidade, mas será preciso fortalecê-los e aumentar a estrutura de atendimento. Não é possível que mães viajem horas da periferia ao centro para que seus filhos tenham uma sessão de fisioterapia na AACD."
Segundo a secretária, Haddad está particularmente preocupado com as calçadas.
"É um problema grave e que não será simples de resolver. Vamos precisar de ações de várias secretarias e da população. Penso que teremos uma solução ou um início de solução nesta gestão."
A prefeitura estuda um programa de empregos e de qualificação, direcionado a pessoas com deficiência, para atuar na administração municipal e em prestadoras de serviços.













Folha de S.Paulo - Cotidiano - É preciso levar o deficiente à escola, diz secretária da Pessoa com Deficiência de SP - 23/01/2013

0 comentários:

Postar um comentário