terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Mara Gabrili

Comente!
Prezada Cybelle,

Obrigada pelo e-mail.

Existem algumas cidades litorâneas no Brasil que já estão melhor preparadas para receber as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. É o caso de Santos e de São Sebastião, por exemplo, ambas no litoral paulista. Em São Sebastião, a Prefeitura fez reformas nas praças e vias principais da cidade, assim como em Santos, porém não são todas as praias que têm rampas. Gosto também de Ilhéus na Bahia, me sinto muito bem acolhida na cidade. No Rio de Janeiro foi aprovada uma lei que obriga os postos de salvamento a terem cadeiras de rodas especiais, capazes de se movimentar na água e na areia.

Geralmente o acesso é melhor nas praias em centros urbanos, pela facilidade que a estrutura da própria cidade oferece com calçadões e ciclovias. No entanto, a maior parte das praias brasileira procura preservar o ambiente natural, selvagem e com muita vegetação nativa, além da topografia acidentada que dificulta obras de acessibilidade. Para uma pessoa cadeirante, alcançar sem ajuda as nossas praias, especialmente as de areia fofa, é uma tarefa quase impossível.

É uma equação complexa que precisa ter um resultado positivo de preservação da natureza e realização de adaptações. É bem diferente no caso das cidades e de suas edificações. Não podemos deixar de exigir acessibilidade dos resorts, hotéis e restaurantes, assim como vagas de estacionamento reservadas nas vias públicas. Mas para 'reformar' as praias é preciso ter cautela.

Acho que já evoluímos e o cenário é promissor. Os grandes eventos do setor de turismo e turismo de aventura, já contam com palestras sobre acessibilidade e inclusão no turismo. O Ministério do Turismo tem incentivado o turismo da terceira idade e as adaptações em pontos turísticos, assim como em aeroportos. Falta muito, mas já são avanços.

O mais importante é a pessoa com deficiência não ficar em casa. Precisamos mostrar que queremos conhecer nosso País e nossas belíssimas praias.

Um abraço, Mara Gabrilli

0 comentários:

Postar um comentário