sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

HOSPITAL DA PUC-CAMPINAS REALIZA CIRURGIA INÉDITA

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O Serviço de Ortopedia do Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas realizou no dia 31 de janeiro, uma cirurgia inédita em Campinas.
A cirurgia denominada Superhip durou 6 horas e foi realizada em uma menina de 8 anos que nasceu com a perna direita 15 centímetros menor do que a esquerda. "Essa doença é um defeito de formação que envolve parte da bacia, toda a parte de cima do fêmur (osso da coxa), ligamentos do joelho e ossos da perna e é mais conhecida no Brasil como PFFD (Proximal Femoral Focal Deficiency) ou deficiência femoral proximal focal. Em geral, resulta em grande encurtamento do membro (até 30 centímetros), inviabilizando a capacidade de andar sem algum tipo de prótese (perna mecânica)", explica o chefe do Serviço de Ortopedia, José Luiz Amin Zabeu. "Ocorre em um nascimento a cada 100 mil nascidos vivos", completa.Segundo o especialista existem defeitos mais leves, onde o quadril é bem formado e a correção da discrepância de comprimento entre as pernas é mais viável. "O caso desta criança é de um defeito grave, que, em sua maioria, acaba sendo tratado apenas com as próteses, pela dificuldade na tentativa de se reconstruir o membro", afirma Zabeu.A proposta feita neste caso é de uma cirurgia idealizada pelo médico Dror Palay, de Baltimore, Estados Unidos, denominada por ele como Superhip. Na operação, é feita uma liberação de toda a musculatura do quadril que foi originariamente mal-formada, refeita a cobertura para a acomodação da cabeça do fêmur (osteotomia da pelve), ressecção de parte do fêmur e reorientação de todo o posicionamento da parte proximal do fêmur, que se encontra em posição invertida em relação ao normal, reconstrução dos ligamentos cruzados do joelho (ausentes ao nascimento). Esse procedimento, segundo o especialista, é necessário para preparar o paciente para novas cirurgias de alongamento ósseo, o que leva à correção do encurtamento em duas ou três cirurgias com o uso de fixadores externos. "Esse tratamento cirúrgico possibilitará que a criança, ao chegar aos 14 anos de idade, tenha suas pernas com tamanhos semelhantes", diz.[14]Participaram, também, da cirurgia o médico da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) Fernando Farsetta e a médica do Hospital do Servidor Público Estadual Mônica Nogueira. O sucesso da cirurgia contou com a participação do Serviço de Anestesia e da UTI Pediátrica do Hospital e Maternidade Celso Pierro.


www.segs.com.br - Fonte : Assessoria de Imprensa PUC-Campinas

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