quarta-feira, 20 de maio de 2009

Paternidade

2 comments

Psicólogo fala sobre o direito da pessoa com deficiência à maternidade e à paternidade


Antes de iniciar esta reflexão, não podemos esquecer que estamos falando de um número muito grande de pessoas, cidadãos com direitos e deveres, com sonhos e temores, homens e mulheres que, estando incluídos dentro da cultura e da sociedade, têm grande parte de suas necessidades e realizações vinculados aos valores considerados aceitos pela humanidade.A pessoa com deficiência tem o direito à maternidade e à paternidade, podendo ter filhos normais, já que uma seqüela física, sensorial ou motora, não necessariamente compromete sua capacidade de procriação, e nem tão pouco sua capacidade de amar e educar filhos.O portador de deficiência, quando na posição de futuro pai, ou a mulher deficiente no estado de gravidez, se depara, muitas vezes, com atitudes de surpresa, espanto e até revolta de pessoas preconceituosas que não a percebiam como sexuadas.Os centros de reabilitação e demais instituições de saúde não incluem em seus programas um trabalho de planejamento familiar para mulheres deficientes e de paternidade responsável para homens. A experiência da maternidade e da paternidade da pessoa portadora de deficiência, é única e comum ao mesmo tempo, e apresenta os mesmos medos frente à fragilidade e dependência inicial do filho, tendo de enfrentar ainda, suas limitações físicas e ou sensoriais e contornar dificuldades operacionais com mais freqüência. Porém, quanto ao vínculo, muitas vezes pode ser até muito mais intenso e enriquecedor.Paternidade é o desejo, o sentimento de cuidar de um outro ser semelhante a você.A pessoa portadora de deficiência, é claro, pode viver esta experiência de diferentes modos, como filho, como pai e como irmão.O século XX enfrenta uma intensa crise na identidade masculina, devido a variados fatores, como a ruptura do modelo de família tradicional e a ausência da figura masculina através do abandono físico ou emocional. O pai fraco ou ausente impede que os filhos desenvolvam uma adequada identidade sexual, o que acaba interferindo com o relacionamento saudável entre pessoas do seu sexo e do sexo oposto.Homens sexual e afetivamente maduros são aqueles que tem uma ligação adequada com as energias masculinas profundas e instintivas, com o potencial do masculino amadurecido.A mulher e os filhos só têm benefícios ao se relacionar com homens sexual e afetivamente amadurecidos, a troca é mais intensa e profunda, e o relacionamento funciona como um catalizador de seu próprio desenvolvimento.Conheço um pai deficiente físico severo que, depois de um trágico acidente, utilizou-se do poder da paternidade como força regeneradora para prosseguir sua existência: "Quero viver para ver meus filhos crescerem!" - dizia ele. Este homem sobreviveu para acompanhar de perto o sucesso de seus filhos, seus frutos.Homens que são pais, que já foram pais antes de se tornarem deficientes físicos, que desejam ter filhos mesmo tendo nascido com alguma deficiência, ou que sonham em ser pais nesse exato momento, não tenham medo de sonhar com a paternidade responsável, o mundo atual precisa de filhos de pais presentes, para crescerem seguros e confiantes e um dia devolverem para o mundo o equilíbrio interno conquistado e repetirem a eterna historia da humanidade em busca da evolução de encontro à Luz.

Autor: Fabiano Puhlmann Di Girolano


Foto: Google

DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

2 comentários:

  1. É esse o meu maior sonho, Cybelle. Sonho mais em ser pai do que voltar a andar. Uma pena ser tão cara e incerto.

    Beijão pra cê e continue com esse trabalho tão grandioso e importante.

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  2. Oi lindo, não desista de seu sonho não....vou te mandar por email alguns depoimentos, ok?
    Vc não considera a adoção?
    Adotar é um ato de amor, e um filho adotado é um filho do coração!!!
    Bjos para vc e para a Fabiola

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