sábado, 16 de maio de 2009

Tô de folga: turismo e aventura na cidade de Socorro

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Conheça a cidade considerada modelo para turistas portadores de deficiência. A cidade começou a se preparar há dois anos para receber, com qualidade, turistas com qualquer tipo de deficiência.

A novidade é que a cidade de Socorro agora é considerada modelo para turistas portadores de deficiência. Na semana que vem, o ministério do Turismo faz a inauguração oficial das adaptações feitas no município. Socorro é uma estância hidromineral que fica no circuito das águas paulista. A cidade é um dos principais pólos de turismo de aventura do país. O primeiro do roteiro a ser adaptado para receber deficientes. A cidade começou a se preparar há dois anos para receber, com qualidade, turistas com qualquer tipo de deficiência. Além dos equipamentos e transportes acessíveis a todos, os profissionais passaram por treinamento. “Estes treinamentos foram relacionados para pessoas paraplégicas, tetraplégicas, amputados, cego, surdo”, diz Marcelo Leite, instrutor. “Para cada um tem uma maneira correta da gente estar falando porque tem que falar de um jeito que eles consigam pegar a instrução”, diz Éder Goulart, instrutor. “Você se sente mais seguro quando as pessoas sabem lidar, sabem das suas necessidades. Você sabe que está sendo tratado por pessoas que sabem o que estão fazendo”, diz José Bonifácio Lima Filho, analista econômico. Agora é só escolher o nível de radicalidade.

O preço médio das atividades é R$ 80. Boni faz uma trilha no meio do mato. “Nós andamos sempre pelos mesmos caminhos, com as mesmas perspectivas, mesma altura de cadeira, e para gente é legal até para o corpo, o balançar, o estar sentado em um lugar mais alto, foi bem legal, foi uma experiência nova para mim”, diz o analista. Jerônimo e André optaram pelo rafting. "Dá um pouco de ansiedade, no meu caso eu não sei o que vem daqui para lá. Não dá para eu enxergar, mas é gostoso”, diz Jerônimo Mariano, estudante. Um dos grupos preferiu se aventurar na maior tirolesa do Brasil com um quilômetro de extensão. Um dos caminhos mais usados por quem percorre os 132 km a partir de São Paulo é a rodovia Fernão Dias e a SP-008. Pelo centro histórico, os pontos turísticos são interligados por um piso tátil que orienta os cegos e até os semáforos são adaptados. Muitos obstáculos para cadeirantes foram removidos. Há rampas nas esquinas e praças.

Até os brinquedos não restringem mais ninguém. Entre bares, lanchonetes e restaurantes são 50 estabelecimentos adaptados. Além dos cardápios em braile, toda a estrutura foi reformada para facilitar o acesso dos deficientes físicos. “São pequenos detalhes que às vezes passam desapercebidos, como poder chegar perto da mesa. Uma simples mudança de mesa com uma perna central fez toda a diferença”, diz Lima Filho. A refeição em Socorro custa em média R$ 15 por pessoa. Para se hospedar o turista pode optar por pousadas com pensão simples, onde as diárias para o casal saem em média R$ 90. Já nos hotéis, elas variam de R$ 150 a R$ 320 com pensão completa. Cinquenta unidades foram adaptadas com placas de identificação em braile, até banheiros e quartos. Um deles inclusive, conta com um canil para o cão guia. “Gente, eu acho que encontrei o paraíso”, diz Rosângela Bueno, funcionária pública. “A minha vida inteira eu sempre fui topado a fazer coisas que a deficiência poderia dizer que não, e por que não fazer?”, diz Roberto Moura, funcionário público. Uma descida de apenas cinquenta segundos, mas a emoção dura bem mais que isso. “É uma benção. Muito gostoso. Não tem como descrever direito”, diz Moura.





Fonte: Jornal Hoje ( 15/05 )




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