Atriz se prepara para o drama de Luciana em ‘Viver a vida’.
No cinema, ela interpreta menina de rua soropositiva.
Não coube à Alinne Moraes a missão de encarnar Helena, a personagem-ícone das novelas de Manoel Carlos, em “Viver a vida”. Mas será a atriz quem simbolizará o principal tema desta trama do autor: a superação.
Sua personagem, Luciana, tem uma carreira promissora como top model, é doce e voluntariosa. O romance de idas e vindas com o arquiteto Jorge - interpretado pelo galã em ascensão Mateus Solano - dá sinais de que já caiu no gosto popular. Mas nos próximos capítulos, a personagem sofrerá um acidente que a deixará tetraplégica.
“Quando soube um pouquinho mais da história da Luciana ao ler os primeiros roteiros, me dei conta de que este será o meu maior desafio até hoje”, revela a atriz de 26 anos, cujo primeiro papel de destaque foi justamente em uma novela de Manoel Carlos, “Mulheres apaixonadas” (2003).
Na história, Alinne viveu uma adolescente homossexual, que sofria preconceito de colegas de escola e até da família. “Está sendo um reencontro maravilhoso, tanto com o texto do Maneco, quanto com a direção do Jayme [Monjardim]”, comemora. “Já sou muito grata a eles e fico feliz em saber que acreditam em mim”.
Por meio da tragédia de Luciana é que o autor mostrará como um cadeirante pode superar as dificuldades e ter uma vida feliz. “A personagem que contará uma realidade conhecida por poucos. Essa questão social é o que mais me instiga”, explica.
O drama de Luciana é inspirado na história real da jornalista carioca Flavia Cintra, de 37 anos. Aos 18, ela sofreu um acidente no qual perdeu definitivamente os movimentos. Hoje, Flavia é ativista pelos direitos dos deficientes físicos, se casou e é mãe de gêmeos de 2 anos.
Alinne procurou a musa inspiradora de sua personagem, para poder entender melhor o papel. “Me aproximei bastante da Flavia. Estamos sempre nos falando e estou aprendendo muitas coisas com ela”, diz a atriz. “Uma delas é que a sociedade não enxerga os cadeirantes de verdade. Espero que a novela possa ajudar não só as pessoas com deficiência, mas que abra os olhos daqueles que desconhecem esse problema”.
A atriz ainda não gravou as cenas em que Luciana fica tetraplégica. Mas já iniciou trabalhos de adaptação com os preparadores físicos da TV Globo. “Quando chegar o momento de gravar na cadeira de rodas, já estarei mais familiarizada. Estou treinando como sentar e todo o resto. Não acho que será complicado”.
Cinema
Se na televisão Alinne vive o maior desafio de sua carreira, no cinema a atriz também passou por uma prova de fogo. No filme “Flordeliz – basta uma palavra para mudar”, ela interpreta uma menina de rua soropositiva.
Dirigido por Marco Antonio Ferraz, o longa conta a história da líder comunitária da Favela do Jacarezinho, no Rio, que adotou 40 crianças de rua. Além de Alinne, atores como Cauã Reymond, Letícia Sabatella, Reynaldo Gianecchini, Deborah Secco, Fernanda Lima, entre outros, participaram das filmagens sem cobrar cachê.
“Flordeliz – basta uma palavra para mudar” será exibido fora de competição no Festival do Rio e estreia em circuito no próximo dia 9. Toda a renda obtida com bilheteria será doada para que Flordeliz compre uma casa para viver com seus filhos adotivos.
Fonte: G1
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