quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Monumentos de Brasília não oferecem acesso para deficientes físicos

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O problema existe até nos pontos turísticos mais novos, como no Museu Nacional. Veja na reportagem de Renata Feldman.

Luiz Maurício mora em Brasília há 33 anos. Mesmo assim, pouco conhece dos monumentos da cidade planejada que atrai turistas do mundo inteiro. Numa cadeira de rodas, é impossível visitar o Espaço Lúcio Costa, ironicamente o nome do urbanista que projetou Brasília. São 24 degraus até a entrada.
“Não sei o que tem lá dentro. Gostaria de saber, mas com essa escadaria fica impossível descer. Não tem como”, diz Luiz Maurício dos Santos, integrante do Fórum de Apoio ao Deficiente.
O Panteão da Pátria, que tem três níveis ligados por escadas, oferece um banheiro para deficientes que é pouco usado. A antiga Casa de Chá, hoje um centro de atendimento ao turista, foi reformada. Mas só depois lembraram de construir a rampa.
“Isso aqui é para a visitação de pessoas e nós também somos pessoas. Não só cadeirantes. Pessoas idosas ou com uma dificuldade de locomoção temporária também têm o direito de visitar lugares como esse”, argumenta Luiz Maurício.
A Secretaria de Cultura diz que já foi feita licitação para equipamentos e adaptações de todos os prédios. Tudo deve ficar pronto no ano que vem. “Já temos equipamentos que podem nos atender. Até o começo do ano que vem, eles vão ser adquiridos. Se tudo der certo, vamos ter acessibilidade em todos os prédios da Praça dos Três Poderes”, afirma a subsecretária de Políticas Culturais, Zeli Dubinevics.
Os prédios da Praça dos Três Poderes foram projetados numa época em que não havia esse tipo de preocupação. Mas como justificar os problemas de acesso que ainda existe no Museu Nacional? O acesso aos auditórios é limitado à última fila de cadeiras. Não há sinalização e um deficiente visual que chega ao complexo se perde no espaço.
“Não verifiquei estacionamento para pessoas com deficiência. No auditório não existe acesso para pessoas com cadeira de rodas. Uma pessoa gorda, por exemplo, se for descer as escadas pode tropeçar, cair e se machucar. É uma situação bem complicada pra gente”, diz a dançarina Vanessa de Paula

Providências

A direção do Museu Nacional informou que o projeto para corrigir os problemas já está na Secretaria de Obras. Vão ser feitas adaptações para permitir o acesso de deficientes visuais, cadeirantes e obesos.

Renata Feldmann / Wesley Araruna



Fonte: G1

DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

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