quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pacientes tetraplégicos podem recuperar alguns movimentos

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Nesta semana, nos próximos capítulos da novela “Viver a vida”, a personagem Luciana — interpretada pela atriz Alinne Moraes — sofrerá um acidente de ônibus após um desfile e perderá os movimentos das pernas e dos braços. Com ajuda de sessões de fisioterapia, ela conseguirá estimular o músculo deltóide e vai recuperar algum movimento dos braços. Isso vai, deixar muita gente confusa: afinal, a modelo que sonha com o estrelato vai ficar tetraplégica ou paraplégica?
Alinne Moraes conta que sua personagem ficará tetraplégica. O chefe do Centro de Trauma Raquemedular do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Rio de Janeiro, Luis Eduardo Carelli, explica que o termo tetraplegia é usado para as pessoas que tiveram os quatro membros do corpo paralisados, mas nem todos perdem por completo os movimentos
Os tetraplégicos, apesar de não terem o movimento de quase todo o corpo, podem recuperar algumas partes e terem uma vida mais sociável. Dependendo da área atingida da cervical, pode-se reverter a sensibilidade em algumas partes.
Pacientes tetraplégicos com o quarto nível cervical afetado são incapazes de uma função voluntária nos braços, tronco ou nas pernas, mas, com ajuda das órteses, podem equilibrar os antebraços. “Ainda assim, essas pessoas com lesões no quarto e quinto segmentos cervicais necessitam de ajuda para se erguerem e ficarem de pé”, explica o chefe do serviço de neurocirurgia do Hospital Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro, Carlos Lima.
No caso da personagem de Alinne, a área afetada durante o acidente seria no quinto segmento cervical, o que possibilita realizar pequenos movimentos. “Apesar da fraqueza parcial do deltóide e do bíceps, é possível usar o antebraço para o equilíbrio e apoiar o cotovelo e o ombro, especialmente nos estágios iniciais do programa de reabilitação”, explica Lima.
Já no sexto nível cervical, as pessoas podem ser capazes de dirigir um carro com controles manuais e equipamento adaptativos. E no sétimo nível, o paciente é capaz de transferir-se do leito para a cadeira.

Fonte: O Globo

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