terça-feira, 3 de novembro de 2009

A toxina de mil e uma utilidades

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Uma nova chance para pacientes com paralisia cerebral, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral e lesões medulares. A toxina botulínica minimiza contrações involuntárias e a rigidez excessiva dos músculos

A toxina botulínica está sendo usada como um importante instrumento para a reabilitação neurológica. Pacientes com paralisia cerebral, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral e lesões medulares costumam apresentar espasticidades - o aumento no tônus que provoca a rigidez excessiva da musculatura e restringe o paciente a realizar atividades simples, como se vestir, comer, andar, e a higiene pessoal.
Com a aplicação da toxina A, os pacientes ganham mais qualidade de vida. O medicamento promove o relaxamento muscular, o que minimiza contrações involuntárias e a rigidez excessiva. ``Hoje o foco está concentrado no tratamento das espasticidades e os resultados são muito positivos``, avalia a neurologista Fernanda Maia.
Os efeitos são tão positivos, que os especialistas reconhecem o surgimento da toxina botulínica como um marco divisor no tratamento de transtornos do movimento. ``A recompensa é muito positiva. Antes, o paciente chegava ao consultório e não existia alternativa de tratamento. Hoje, a técnica é adotada como modificadora da qualidade de vida, que é tão importante quanto o aumento de anos de vida``, pontua.

Ela ressalta que existem várias outras indicações, mas que não estão disponíveis no sistema público de saúde. ``As pesquisas comprovam o excelente uso da toxina botulínica A no tratamento de sialorreias (excesso de saliva), hiperidrose (excesso de suor) e até alguns tipos de dores de cabeça``, exemplifica.
No caso das sialorreias e hiperidrose, a toxina botulínica A inibe a atuação do nervo. Do mesmo jeito que paralisa o músculo que faz a força, paralisa as glândulas, que também usa a acetilcolina, para a fabricação de saliva e suor. A aplicação deve ser contínua, em média, a cada seis meses. Em relação às dores de cabeça, a neurologista adverte que apenas alguns casos recebem a indicação. As pesquisas apontam que a toxina é indicada para a contração muscular na região cervical. Mas como o tratamento é muito caro, é usado pouco no Brasil porque existe a limitação econômica já que não é coberto pelo sistema público de saúde``, finaliza. (Viviane Gonçalves).

Fonte: O Povo Online

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