segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Detran tem novos endereços no centro, mas com problemas antigos

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Prédios do órgão na capital, abertos há três meses, não contam com elevadores nem com ar-condicionado

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) atende em prédios diferentes há três meses. Mesmo com a mudança, seguem os problemas que eram sentidos na antiga sede no Ibirapuera, na zona sul da capital paulista. Informações incompletas passadas por funcionários, falta de infraestrutura, como elevador desligado, e falta de acessibilidade para os portadores de necessidades especiais no atual edifício da Avenida do Estado, no centro, estão entre as principais reclamações de quem precisa do atendimento.
O órgão descentralizou o serviço e atende na região central, na Rua Boa Vista e na Avenida do Estado, desde setembro. O prédio do Ibirapuera abrigará o Museu de Arte Contemporânea. Um projeto de R$ 9 milhões prevê outras quatro unidades do departamento: nos Shoppings Interlagos, na zona sul, e Aricanduva, na zona leste, e em dois locais nas zonas norte e oeste.
Na Rua Boa Vista estão a Corregedoria e a Delegacia de Crimes de Trânsito. Grande parte do atendimento ao público é feito no Detran Centro, na Avenida do Estado. Mas o prédio tem falhas que incomodam os usuários, como a pane no sistema da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) que impediu a emissão do Certificado de Propriedade de Veículos (CRV) entre os dias 1º e 4. A principal queixa, no entanto, é falta de acessibilidade.

O único elevador do prédio está desligado. Idosos e pessoas com dificuldades de locomoção têm de enfrentar escadas. Cadeirantes são atendidos no térreo porque degraus impedem que cheguem aos andares superiores. "Até para estacionar foi ruim porque não tem vaga reservada para deficientes", comenta o aposentado Edson Morais, de 34 anos, que ficou paralítico há 12 anos, depois de sofrer um acidente de moto. O projeto prevê um estacionamento com 500 vagas, mas não há previsão de quando será inaugurado.

O desencontro de informações é outra reclamação recorrente. O representante comercial Marcelo Pamboukian, de 40 anos, precisou ir três vezes ao Detran Centro antes de conseguir retirar o documento de sua moto, anteontem. Tudo porque o documento, que deveria ter sido entregue via correio em março, não chegou.
No segundo andar, o painel eletrônico que informa o número das senhas estava desligado. A máquina para pegar as senhas também foi retirada. O público espera atendimento sentado ou em pé em um edifício sem ar-condicionado e com poucos ventiladores. As salas do diretores são os únicos ambientes com ar-condicionado.
Apesar das reclamações, alguns motoristas gostaram da mudança. "Não ficamos muito tempo na fila e o prédio é bem localizado, com saída para todos os cantos", diz o motoboy Marcos Galesco, de 49 anos.

Fonte: O Estado de São Paulo

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