Existem várias maneiras de recomeçar. Mudando o visual. Jogando tudo que ficou velho no lixo. Deixando de lado coisas desnecessárias. Reformando o coração. Lavando a alma. Refletindo sobre si mesmo. Analisando os fatos. Entre muita outras. Mas quando chega no fim de dezembro, o que não falta é motivação. Existem pessoas que seguem de pé junto todos aquelas simpatias para entrar o ano com pé direito. Na verdade, eu nunca me importei muito com isso. Não minto, já pulei - sim! - as sete ondas. Mas nada que depositasse incondicionalmente toda a minha fé. Pulava por pular. Não fazia pedidos. Muito menos acreditava. Também não me recordo de ter usado branco. Nem de ter queimado incenso de canela. Hoje não. Penso diferente. Não vai fazer mal? Não vai machucar? Não custa tentar. Acredito que o muito nunca é o bastante. Não para nós que sempre queremos mais (tanto dos outros quanto de si mesmo). E se a vida nos alimenta com pouco, temos mais é que correr atrás do próprio sonho. Confesso que esse ano não foi nada fácil pra mim. Por muitas vezes me vi incapaz de enfrentar meus medos, minhas angústias e meus (tantos!) problemas. Então, sem perceber, me refugiei na palavra como ponto de equilíbrio. Algumas vezes engoli seco verdades que eu tentava esconder de mim mesma. Me perdi. E achei que a melhor forma de amenizar meus temores era transforma o mundo em MEU mundo. Que nada! Fiquei perturbada. Desperdicei oportunidades. Gerei em mim uma sensação imensa de insatisfação, como se tudo que eu quisesse ou que eu realmente precisasse não estivesse ao meu alcance. E eu me questionava. Perguntava o que havia de errado comigo, por onde andava o amor da minha vida que insistia em não aparecer, por que doía tanto, aonde eu fui parar. E não saber responder meus questionamentos me feria muito. Mas a parte boa disso tudo (porque ela sempre existe!) foi que no meio de todo esse emaranhado, eu me achei. Percebi que medos a gente enfrenta. Angústias a gente supera. E problemas todo mundo tem. Descobri que eu valho muito mais que um dia difícil e que ninguém acorda sempre sorrindo. Vai haver sempre, por mais que demore, um momento de fraqueza, de dúvida ou de tristeza. Mas é um momento essencial para que descubramos mais e mais de nós mesmos. Só assim aprendemos a analisar nossos passos e limitar nossas emoções (é sempre bom se poupar vez ou outra!). Afinal, o mundo está a cada dia mais triste e vazio. As pessoas não têm mais dinheiro. E a tecnologia sugou todo o nosso tempo com novidades deliciosas fazendo com que os dias corram com a mesma velocidade que a minha imagem de webcam chega lá na Holanda quando quero mandar um beijo pra minha tia mais querida e amada do universo! Num piscar de olhos. Assim. Rápido! Mas, deixando a descrença de lado e acreditando de dedos cruzados e olhinhos fechados, na hora da virada vou estar preparada não só com minha melhor roupa, não só com meu melhor sorriso, mas também com a minha maior esperança e minhas melhores palavras. Para que a partida seja deliciosa. E a chegada esteja ao meu alcance!
P.S.: Desejamos a todos um ótimo re-começo!
TIM-TIM!
(Tainá Facó)
P.S.: Desejamos a todos um ótimo re-começo!
TIM-TIM!
(Tainá Facó)
Ricardo Karam e Cybelle Varonos
DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com
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