O Instituto Mara Gabrilli recebeu informações em dezembro sobre o andamento de pesquisas com células-tronco do Dr. Hans Keirstead da Universidade da Califórnia em Irvine que dividimos com nossos leitores.
Novidades na pesquisa de células-tronco na Universidade da California em Irvine
O neurocientista canadense Hans Keirstead, que pesquisa na Universidade da Califórnia, tornou-se um dos mais influentes defensores das pesquisas com células-tronco embrionárias - aquelas que têm o potencial de se transformar em qualquer tecido. Keirstead conseguiu fazer com que ratos paralisados voltassem a andar depois de receber um implante de células derivadas de embriões humanos. Ele está prestes a se tornar o primeiro do mundo a testar o método em humanos.
O Food and Drugs Administration (FDA), órgão do Departamento de Saúde do governo norte-americano que realiza a vigilância sanitária local, reuniu-se com Hans Keirstead e solicitou que realizasse mais um experimento antes de iniciar as pesquisas clínicas com seres humanos. Este novo teste acabará em Janeiro de 2010 e a partir daí Hans poderá requisitar autorização para o início de testes em seres humanos.
Hans ainda contou que pretende iniciar testes clínicos para tratamentos de ELA - esclerose lateral amiotrófica. Ocorre que ele não possui recursos para tanto e no momento seu orçamento é destinado aos testes clínicos de SMA tipo infantil (spinal muscular atrophy, é uma doença fatal que atinge bebês). Segundo ele, será mais fácil conseguir recursos uma vez que ele obtiver o resultado de seus testes em crianças com SMA.
O neurocientista discorda do que foi veiculado na mídia brasileira a partir da fala do Dr. Thomson segundo o qual as pesquisas com células-tronco embrionárias ainda seria um sonho distante. Hans Keirstead afirma que a aceitação por parte do FDA de seus testes para tratamento de lesões medulares, que serão patrocinados pela empresa Geron, é uma contra-prova da afirmação de Thomson.
Com o governo Obama, as pesquisas com células-tronco embrionárias podem ser objeto de recursos públicos. Contudo, os financiamentos estão baixos devido à recessão econômica.
Fonte: Instituto Mara Gabrilli
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