Foi sancionada nesta quarta-feira (6) pelo Prefeito Gilberto Kassab lei da vereadora Mara Gabrilli que cria o Programa Censo-Inclusão. O texto, publicado no Diário Oficial de hoje, prevê que a Prefeitura faça periodicamente um levantamento sócio-econômico da população com deficiência na cidade de São Paulo – hoje estimada em 1,5 milhão de pessoas. O objetivo é levantar informações detalhadas do segmento para que possam ser elaboradas políticas públicas específicas voltadas à inclusão destas pessoas.
“Quem é a pessoa com deficiência em São Paulo hoje? O dado estatístico ao qual temos acesso é o Censo IBGE, realizado por amostragem de dez em dez anos, de modo que não há um número confiável e atualizado sobre o qual trabalhar possamos com eficiência”, diz a autora do texto Mara Gabrilli.
O Instituto Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia, uma das mais importantes ONGs brasileiras de acompanhamento das atividades parlamentares, classificou o Censo-Inclusão como um dos 13 mais importantes Projetos de Lei que entraram na pauta da Câmara Municipal de São Paulo em 2009.
O relatório resultante do censo será chamado Cadastro-Inclusão, e deverá conter informações tais como informações quantitativas sobre os tipos e graus de deficiência encontrados e informações que contribuíam com a qualificação, quantificação e localização das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Finalizado o levantamento, as informações ficarão disponíveis para livre consulta no site da Prefeitura de São Paulo e na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED).
Ao saber, por exemplo, qual a faixa de renda majoritária dos cerca de 1,5 milhão de pessoas com deficiência na capital, muitos fabricantes poderão alcançar um mercado a mais. “Atualmente a maioria das pessoas com deficiência não é bem-recebida pelo comércio da cidade em geral. Um levantamento como este pode jogar luz para este potencial público consumidor hoje praticamente ignorado”, diz a vereadora. Um exemplo trivial é uma loja de roupas que tenha um degrau, extinguindo automaticamente todos os cadeirantes que possam vir a se interessar por seus modelos. Outro exemplo, estrutural e mais importante, é que, com os novos números e dados, as instituições de ensino poderão dimensionar melhor seus espaços para receber este público.
O Censo-Inclusão, publicado sob número de lei 15.096, de 5 de janeiro de 2009, no Diário Oficial da Cidade desta quarta-feira (6) prevê que o levantamento seja feito a cada quatro anos, pela SMPED, que também se responsabilizará por fazer parcerias e convênios necessários para a realização do censo. Prevendo esta nova atribuição do órgão, a vereadora havia definido, no início de dezembro, a alocação de R$ 500 mil de suas emendas parlamentares à SMPED que poderão ser empregadas na realização do Censo-Inclusão.
Fonte: Revista Sentidos
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Infelizmente só teremos essa censo em São Paulo, precismos que o IBGE faça um novo levantamento, com certeza a marca de 24 milhões de pessoas com deficência já foi superada.
ResponderExcluirEu gostaria de saber se pessoas com autismo estão inclusas nesse projeto?
ResponderExcluirPois eu tenho um irmão de 39 anos, que cuido e não consigo nenhum órgão que atenda às suas necessidades. Meu irmão não fala, ela anda e faz o que mandam a ele, não tem condições de adquirir escrita, mas precisa de socialização e exercícios físicos.
E não encontro nada que possa atender a essas necessidades que não custe mais de R$3000,00 ao mês.
Sou funcionária pública e não tenho condições de arcar com essa despesa, acabo fazendo tudo sozinha, e estou muito sobrecarregada.Preciso muito de ajuda. Regina.