segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vagas exclusivas são desrespeitadas

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Reportagem com nosso querido amigo Augusto. Uma pessoa muito especial, que enfrenta todos os desafios que a vida oferece, e transforma cada dificuldade em aprendizado.

Motoristas dão exemplo de falta de cidadania e ocupam espaços de idosos e pessoas com deficiência

Estacionar o carro em vaga reservada para idoso e deficiente está oficialmente proibido nas ruas de Campinas desde o dia 5. A infração é considerada abuso leve, que acarreta três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 53,20, segundo o Código Brasileiro de Trânsito. São 105 vagas reservadas (72 para idosos e 33 para deficientes), mas os campineiros ainda resistem em dar exemplo de cidadania.
Reportagem do Grupo RAC monitorou o comportamento dos motoristas campineiros durante uma semana e constatou que, mesmo com a regulamentação da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), sobram exemplos de desrespeito e enfrentamento às leis.
Desde o dia 5, veículos estacionados irregularmente nesses locais passam a estar sujeitos a multa. Só podem utilizar essas vagas veículos credenciados. Os fiscais da Emdec ainda estão exigindo apenas a retirada dos veículos dos pontos demarcados e só multam quando não é possível identificar o dono, ou quando ele se recusa a desocupar o espaço.
Em áreas particulares, a situação é mais complicada. Sem ter que se preocupar com os agentes da Prefeitura, que não têm competência legal para realizar a fiscalização fora dos locais públicos, muitos campineiros demonstram se importar ainda menos com o espaço e o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Em alguns locais, os próprios funcionários, que deveriam ajudar na fiscalização, utilizam as vagas o dia todo.
A reportagem também acompanhou carros usados para transportar cadeirantes, sem a credencial, usando as vagas exclusivas. O documento, que é emitido ao usuário e não ao veículo, deve ser colocado sobre o painel em local visível.

Falta sinalização

Para dificultar ainda mais o trabalho dos agentes, nem todas os 105 pontos de estacionamento contam com a sinalização no asfalto que demarca onde começa e onde termina a vaga exclusiva, dificultando a fiscalização.
Segundo a Emdec, a expectativa é criar mais 95 vagas exclusivas e demarcar as que ainda não contam com a pintura no asfalto até o final do primeiro semestre deste ano.
Mais de 8 mil idosos e 967 pessoas com deficiência estão cadastradas na cidade. Desse total, cerca de metade já está com a primeira via da credencial, que é gratuita. Pela segunda via do documento, o usuário terá de gastar cinco unidades fiscais de Campinas (Ufics), que atualmente equivalem a R$ 10,50. Segundo a Emdec, o prazo de sete dias para a emissão da credencial tem sido rigorosamente cumprido.
As resoluções 303 e 304 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tratam as vagas como exclusivas para credenciados desde dezembro de 2008.
A motorista Ivana O. foi flagrada pela reportagem usando vagas irregularmente e disse que o problema é a pressa. “Sei que estou errada, mas fica difícil resistir quando várias vagas demarcadas estão livres num dia de grande movimento.”
Roberto Garcia, de 77 anos, acredita que desde o dia 5 as pessoas estão respeitando mais as vagas. “Na quinta-feira passada, as vagas do mercado onde faço compras estavam livres.”
Segundo Katiana Souza, mulher de um deficiente físico, a falta de educação no trânsito ainda é um problema. “As pessoas deveriam pensar mais antes de estacionar numa vaga exclusiva.”
Durante a reportagem, pessoas que foram flagradas usando os espaços irregularmente chegaram a se recusarar a mover seus veículos e a ofender e a ameaçar a equipe do Grupo RAC.

Advogado distribui ‘multas morais’

Depois de cair de uma altura de 30 metros voando de parapente e sofrer uma lesão na 12 vértebra da coluna que o impossibilitou de mexer as pernas, o advogado Augusto Sérgio Cruz de Toledo, que já tinha dois filhos, chegou a se questionar se conseguiria continuar sustentando sua família e até perguntou para a mulher se ela queria mesmo continuar a viver com ele. O acidente ocorreu em 2003 e, poucos meses depois, Toledo voltou a trabalhar. Ajudou a fundar o Grupo de Ajuda dos Amigos Deficientes de Indaiatuba (Gaadin) e participou do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Comdef) na mesma cidade. Em 2008, voltou a voar de parapente. No início de seu retorno ao esporte, o advogado teve que participar de voos duplos para conseguir se adaptar. Depois, passou a voar sozinho, tendo ajuda apenas na decolagem.
Hoje, Augusto tem escritório em Campinas e Indaiatuba e continua a brigar pelo direito das pessoas com mobilidade reduzida. O advogado distribui “multas morais” da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo aos motoristas que estacionam indevidamente nas vagas exclusivas. “Até na Cidade Judiciária, onde os colegas advogados conhecem muito bem a lei, sou obrigado a fazer o trabalho de conscientização.”
Toledo ainda teve que aprender a conviver com o preconceito. Ele contou que já foi atacado ao brigar por uma vaga exclusiva. “Quando tentei explicar que estava esperando a retirada do veículo porque realmente precisava da vaga, o motorista me ofendeu, fazendo referência à minha deficiência.” (FM/AAN)

O número
200 Vagas
É a meta da Emdec até a metade deste ano, 150 para idosos e 50 para pessoas com deficiência.

Fonte: Correio Popular de Campinas

DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

Um comentário:

  1. Prezado Augusto Toledo,

    Somos da Equipe de Pára-quedismo Azul do Vento de Campinas e gostaríamos de entrar em contato com você por e-mail, telefone, etc.
    Nossos contatos:
    (19) 3246-0455
    (11) 7669-9048
    (19) 7813-1463 ID 7*707036
    Falar com Roberto Pettená/Arlete Pieroni.

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