segunda-feira, 31 de maio de 2010

Grupo visita cidades para verificar acessibilidade

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Um grupo de pessoas com algum tipo de deficiência viaja o Brasil mapeando avanços e problemas no chamado turismo acessível.
Mariana Toniatti
marianatoniatti@opovo.com.br

Manoel Ferreira, 75, é o único homem do grupo. Viaja representando a melhor idade - adora essa expressão! -, mas, em ótima forma, diz que não encontra muitas dificuldades pelo caminho. ``Estou muito mais aprendendo com as meninas do que contribuindo``.
As meninas são a mineira Sarita Araújo Pereira, 46, professora de música e surda; a carioca Moira Braga, 31, jornalista e cega; e a recifense Karla Caroine, 22, técnica em turismo e cadeirante. Junto com Manoel, as meninas desbravam doze capitais brasileiras - as sedes da Copa do Mundo - para contar num documentário e num livro, as boas e más surpresas de viajar tendo algum tipo de deficiência.
O projeto Novos Rumos é uma realização do Instituto Muito Especial, com sede no Rio e larga experiência em publicações e projetos de inclusão das pessoas com deficiência. A viagem, patrocinada pelo Ministério do Turismo, começou no dia 14 de abril e segue até 15 de junho. Fortaleza é a nona capital visitada.
Por aqui o grupo foi no Dragão do Mar e gostou das instalações. Sarita ficou feliz por encontrar uma intérprete de libras, Moira achou que o equipamento tem bastante material em braile e Karla gostou do piso. ``Só dei uma sugestão, baixar um pouco a altura dos balcões``, diz Karla. O mesmo problema é comum em hotéis, por exemplo. Uma adaptação fácil e barata que faz toda a diferença.
"É como os banheiros que se dizem adaptados, mas têm espelhos lá em cima. O povo acha que é só rampa e barras. Essas normas, com todos os detalhes, estão disponíveis``, diz Karla. A excursão das meninas acaba servindo como consultoria. Por onde passam, elas deixam sugestões. ``E as pessoas têm sido muito receptivas``, diz Moira.
Uma das boas experiências foi vivida no Teatro Amazonas em Manaus. Um telão com legendas e outro com um intérprete de libras permitiu que Sarita compreendesse o enredo da ópera pela primeira vez. Até aqui, Belo Horizonte e Curitiba foram as cidades com transporte mais acessível e calçadas melhor adaptadas, mas as meninas dizem que as dificuldades ainda são muitas em todo o País. Para saber mais, acesse: www.muitoespecial.com.br

Fonte: O Povo Online

DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

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