sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Em livro, britânico cego e surdo conta suas aventuras em 50 países

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Entre as aventuras relatadas no livro, estão voos de asa delta no Rio de Janeiro, bungee jumping na Nova Zelândia, escalada de montanhas e saltos de paraquedas na Austrália.

Um britânico de 32 anos, com deficiência visual e auditiva, com apenas 20% de audição em consequência de problemas genéticos, está lançando um livro no qual conta suas aventuras em viagens pelo mundo.
Tony Giles, que leva uma vida totalmente independente apesar das deficiências, já visitou mais de 50 países, muitos deles viajando sozinho com uma mochila nas costas.
Entre as aventuras relatadas no livro "Seeing the World My Way" (Vendo o Mundo do Meu Jeito), estão voos de asa delta sobre a praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, bungee jumping na Nova Zelândia, escalada de montanhas geladas e saltos de paraquedas na Austrália. "Viajar é mais do que simplesmente ver o cenário bonito ou a paisagem com seus olhos", comenta ele no livro.
Giles já saltou 12 vezes de bungee jump em suas viagens pelo mundo. "Viajar significa usar todos os sentidos do corpo, ser capaz de se relacionar com as pessoas, sentir as diferentes texturas de terra e plantas, comer comidas desconhecidas e escutar diferentes tipos de música, ser exposto a culturas alternativas e excitantes, mergulhar nas qualidades de outro país e voltar para casa sabendo mais do que eu sabia antes de partir", afrma Giles.
Ele conta que começou a tomar gosto pelas viagens ao visitar os Estados Unidos em 2000, em uma viagem de intercâmbio universitário.
Desde então, ele já esteve nos 50 Estados americanos, nas 10 províncias canadenses e em países dos cinco continentes.
Para Giles, as deficiências não diminuíram sua satisfação com as experiências. "Para alguém que não pode ver, a beleza está relacionada ao que você cheira e sente. Aprendi a usar todos os sentidos do meu corpo --meus nervos, meu toque, minha sensação de olfato", diz.
Segundo ele, suas viagens são motivadas pelo sentido de descoberta e liberdade. "Realmente, quero toda a liberdade que eu possa conseguir", afirma.

TRANSPLANTE

Para Giles, deficiências não o impedem de desfrutar experiências plenamente. Nem mesmo um problema renal detectado em 2002, que o obrigou a se submeter a um transplante em 2008, com um rim doado pelo padrasto, o impediu de continuar viajando.
"A operação foi um sucesso, e após um período de recuperação de cerca de três meses estava de novo viajando pelo Reino Unido, e sete meses depois pelo mundo", diz. A doença, ele conta, o levou a tomar uma outra decisão, em 2002: parar de beber quando, diz, estava prestes a se tornar um alcoólatra.
Em meio aos problemas de saúde e as viagens, Giles ainda encontrou tempo para se formar em História Americana, com um mestrado em Estudos Transatlânticos. Sobre o futuro, ele não mostra dúvidas sobre o que pretende: "Espero viajar pelo resto da minha vida".
Ele espera um dia conseguir visitar todos os países do mundo. Em sua lista de objetivos mais próximos, está uma ida à Antártida, cruzar a Rússia, visitar a Índia e os Himalaias, mochilar pelas Américas Central e do Sul e conhecer o Japão e a Indonésia.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

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