segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ajuda psicológica é essencial para quem vive sentimento de luto por ter adquirido uma deficiência

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"Trata-se de um processo particular. Há pessoas que vivem bem com a deficiência adquirida, passam por transformações que podem melhorar até a qualidade de vida, já que descobrem potenciais adormecidos" diz psicóloga

O sentimento de luto que foi representado recentemente pelo ator português Ricardo Pereira, como o personagem Vicente, da novela global “Aquele Beijo”, mostra uma situação bastante comum da vida real. O personagem ficou paraplégico após ser vítima de um atentando com arma de fogo e, ao descobrir sua nova condição, passa a conviver com diversos sentimentos, como tristeza, desespero, dor, revolta e negação. Diferentemente de Vicente, que na novela volta a andar, na realidade muitas pessoas que adquirem deficiências permanentes precisam ter acompanhamento profissional apropriado para conseguir aceitar a deficiência como um fato e recomeçar as suas vidas. Instituições como a Avape – Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência, especializadas na reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência, desempenham um papel importante neste processo.
Segundo Adriana Coscia, psicóloga da Avape, cada pessoa tem uma forma diferente de lidar com a perda. “Trata-se de um processo particular. Há pessoas que vivem bem com a deficiência adquirida, passam por transformações que podem melhorar até a qualidade de vida, já que descobrem potenciais adormecidos. No entanto, existem outras que passam a vida sem aceitar a nova condição”, explica ela.
O luto, nestes, casos vai além do significado atribuído à palavra no dicionário, que é um sentimento de tristeza profunda. Como o personagem da novela demonstrou, a dor que se sente pode ser de fato, segundo diversos relatos, uma dor de morte, de perda, de medo, revolta e inconformidade. A sensação é de que a vida, a partir deste novo fato, não terá sentido, não apresentará saídas, nada voltará a ser como era.
De acordo com Adriana Coscia, apesar disso, existem pessoas que buscam uma nova saída, praticando um esporte como uma terapia ou mesmo procurando um tratamento psicológico, que tem o papel de acolher, de entender e de estar junto com a pessoa em seu sofrimento. A psicologia pode ajudar e mostrar recursos para ter qualidade de vida, até que a pessoa escolha viver bem com a deficiência que possui. “O papel do psicólogo é ajudar, mas é preciso que a pessoa queira receber essa ajuda”, completa Adriana.
Há pessoas que viveram situações assim e, hoje, são exemplos de superação. É o caso de Claudinei Garcia, que perdeu um filho e, seis meses depois, aos 29 anos, teve um AVC - Acidente Vascular Cerebral, que o fez perder os movimentos do corpo e da fala. Foram duas perdas, e por isso, ele enfrentou um longo processo de aceitação. Claudinei destaca que o contato com outras pessoas o ajudou a sair da depressão: “Foi conhecendo outras pessoas que eu percebi que não sou só eu que tenho problemas no mundo”. Atualmente, Claudinei é integrante do Avape na Dança, grupo mantido pela Avape com o objetivo de promover a inclusão através da arte.

Sobre a Avape

Com 29 anos de atuação, a Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência) é uma instituição filantrópica de assistência social, que tem como missão promover as competências de pessoas com deficiência e em risco social. Fundada em 1982, a entidade é considerada modelo de gestão e foi a primeira em sua área a receber a certificação ISO 9001. A Avape é reconhecida pelo trabalho de prevenção, diagnóstico, reabilitação clínica e profissional, qualificação e colocação profissional, programas comunitários e capacitação de pessoas e de gestão para organizações sociais. Oferece atendimento a pessoas com todos os tipos de deficiência e em risco so cial, do recém nascido ao idoso. Desde o seu início, já realizou mais de 18 milhões de a tendimentos gratuitos e inseriu mai s de 17 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Na busca de parâmetros internacionais, mantém parceria se termos de cooperação técnica com diversas organizações nacionais e internacionais.

Fonte: AVAPE

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