domingo, 29 de novembro de 2009

Quando a diversão termina em tragédia

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Mergulho em água rasa é uma das principais causas de lesão medular no Brasil

Em 2002, quando tinha 16 anos, Danilo Oliveira Freire foi passar o ano-novo na casa de uma tia, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. Em um passeio pela praia, resolveu tomar um banho de mar. Numa fração de segundos, furou uma onda e no mergulho foi de cabeça num banco de areia. O estudante perdeu os movimentos na hora e ficou boiando por cerca de quatro minutos até que alguém percebesse o que havia ocorrido. Danilo foi operado e permaneceu internado por quase três meses.
Ao cair com o alto da cabeça num local raso com banco de areia, Danilo sofreu um choque que fez com que o seu pescoço fosse dobrado enquanto o resto de seu corpo ainda permancesse em movimento. Isto causou uma fratura em duas de suas vértebras, deixando Danilo tetraplégico incompleto ( ele consegue fazer alguns movimentos com dificuldade) e dependente de uma cadeira de rodas para se locomover.

Episódios como este acontecem com uma frequência maior do que se imagina. Segundo dados do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o mergulho em água rasa é a quarta causa de lesão medular no Brasil. E em época de verão, o acidente ocupa a segunda maior incidência do país. Para se ter uma ideia deste número, a cada semana, cerca de dez pessoas ficam paraplégicas ou tetraplégicas ao bater a cabeça em mergulhos. A incidência é de 60,9% dos casos.

Com relação ao perfil das vitimas, uma pesquisa realizada pela Rede Sarah mostrou que o predominio é de pacientes do sexo masculino e na maioria adolescentes e adultos jovens. O Local de maior incidência é o rio, onde ocorre cerca de 43,5% dos casos.

Aconteceu com eles:


Marcelo Rubens Paiva
Aos 20 anos de idade , o jornalista e escritor ficou tetraplégico ao saltar em um lago e chocar a cabeça em uma pedra. Paiva fraturou uma vértebra ( 5ª cervical ) do pescoço. Hoje, depois de muita fisioterapia, ele consegue fazer alguns movimentos.


Roberto Belezza
Em um feriado em Saquarema, no Rio de Janeiro , Roberto Belleza, então com 36 anos, correu em direção ao mar. Ao mergulhar, o empresário teve a cabeça empurrada violentamente contra o raso fundo de areia. Segundos depois, ele boiava em menos de um metro de profundidade, com o rosto virado para a água, Belezza já não podia mais sentir seus movimentos.


Cid Torquato
Especialista em economia digital, Cid Torquato ficou tetraplégico em setembro de 2007, quando encantado com as águas cristalinas do Mar Adriático, na Croácia, resolveu dar um mergulho do alto de um píer. A maré estava baixa e Cid lesou sua medula na altura da quinta vértebra.


É possivel evitar
A vereadora Mara Gabrilli protocolou para votação na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que prevê uma semana de campanha anual alertando a população dos riscos de mergulhar de cabeça no mar, em rios, lagos ou piscinas. “É uma lesão medular que pode ser contornada com informação simples e direta à sociedade. E isso não pode ser desprezado, pois podemos evitar que mais pessoas se tornem deficientes físicos”, observa Mara, que antes de ser vereadora foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência.

Veja algumas medidas simples que podem evitar este tipo de acidente:

•Não mergulhe em água turva
•Antes de mergulhar, verifique a profundidade do local
•Faça o primeiro mergulho de pé
•Evite brincar de empurrar amigos para dentro de lagos, poços, piscinas ou março
•Não consuma álcool ou drogas

Fonte: Portal Mara Gabrilli


DEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

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