quinta-feira, 11 de março de 2010

Acessibilidade de deficientes em universidades ainda é limitada

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Levantamento da UFSCar mostrou problemas enfrentados em 15 instituições

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em 15 universidades públicas mostrou que muitas ainda não fizeram adaptações para garantir a acessibilidade dos deficientes físicos.
A legislação diz que instituições públicas, como universidades, devem oferecer acesso. Regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelecem, por exemplo, qual deve ser o grau de inclinação de uma rampa e o número necessário de corrimão. Todo ano, o governo federal disponibiliza verba para adequações dentro das universidades, mas ainda é comum encontrar locais irregulares.
O estudante Marcio Nishiyama é tetraplégico e desde o início das aulas na Universidade de São Paulo (USP) São Carlos, há três anos, ele já esperava enfrentar algumas barreiras, como o incômodo de ter de pedir para mudar as aulas no prédio que não está adaptado.
O Departamento de Informática tem rampas, mas muitas não são ideais para quem tem deficiência física. Por isso, Nishiyama ainda precisa da ajuda do pai. “Essa rampa é um pouco mais íngreme e para o cadeirante é um pouco complicado fazer essa descida e subida”, disse.
O coordenador do campus de São Carlos, Dagoberto Mori, explica que a universidade está tentando adaptar os prédios antigos, que tem mais de 70 anos. “A gente espera que nos próximos 10, 15 anos todos os prédios antigos estejam adaptados”, explicou.
Os novos já são construídos com 100% de acessibilidade, como um alojamento que será inaugurado em maio.
Na UFSCar, também é fácil encontrar os problemas. Um cadeirante, por exemplo, não consegue chegar ao restaurante. “Você se sente discriminado. A acessibilidade deveria ter em todos os lugares. Não só porque é o deficiente físico, mas qualquer aluno pode machucar o pé e não conseguir subir uma escada”, disse o presidente da União dos Portadores de Deficiência, André Luiz Carlos.
Imagens feitas por uma aluna mostram rampas inclinadas demais. O acesso à sala de informática é privilégio de quem não tem dificuldades de subir escadas. Quando há elevador, nem sempre está funcionando e o banheiro adaptado é praticamente um depósito. “Muitas vezes isso acontece porque nós não temos o aluno com deficiência dentro da universidade”, justificou a coordenadora do Núcleo Incluir da UFSCar, Maria Estela Gil.
Em vários prédios, como a biblioteca, já foram feitas modificações. “A medida que conseguimos recursos, os prédios antigos vão sendo adaptados”, disse a coordenadora.

Na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, as passarelas são um problema para os deficientes. “Existem alguns prédios que foram feitos na década de 70. Todos os que estão sendo construídos já estão com a perspectiva de acessibilidade garantida”, afirmou o presidente da Comissão Supervisora da Unesp, Luiz Carlos Santana.
A lei determina que para abrir novos cursos, as universidades precisam fazer todas adaptações para facilitar o acesso de deficientes.

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Fonte: EPTV.com

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