quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sob medida: espaços para cadeirantes

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No jardim e no quarto, medidas especiais dão independência a cadeirantes. Nas ilustrações, o ponto de vista é o de uma pessoa sentada.

Livre trânsito pelo jardim

O objetivo das arquitetas paulistas Andrea Reis e Andréa Velletri para a entrada desta casa foi criar um espaço sem obstáculos para um usuário de cadeira de rodas. "Ao projetar, analisamos o ambiente do ponto de vista de uma pessoa sentada", diz Andréa. Para começar, substituiu-se a calçada comum, com 15 cm de altura em relação à rua, por uma rebaixada. A rampa de acesso tem 2% de inclinação. Antiderrapante, o piso de fulgê recobre toda a área externa. A porta principal e a da cozinha, ambas pivotantes, deixam um vão livre de 1 m (a largura mínima exigida pela norma da ABNT é de 0,80 m). Normalmente fixado a 1,10 m do chão, o puxador longo atende a todos com seu eixo na altura de 0,90 m. Feitas de madeira com pintura laqueada, as portas ganharam um reforço de chapas metálicas até a altura de 40 cm do piso. Elas resistem aos impactos da cadeira, assim como as cruzetas que revestem as jardineiras de alvenaria.



O formato do jardim favorece as manobras com a cadeira, que precisa de 1,35 m de diâmetro para a rotação total.



No paisagismo, utilizaram-se palmeiras como rabo-de-raposa e fênix: com pouca troca de folhas, elas facilitam a manutenção.



Dispostos numa bandeja removível, os utensílios de jardinagem ficam numa caixa cuja base recuada permite encaixar os pés (abaixo). As jardineiras seguem a profundidade da caixa, mas são um pouco mais altas (0,80 m).

Sem barreiras dentro do quarto

Proporcionar maior conforto, segurança e independência foi o objetivo da arquiteta Sandra Perito, doutora em arquitetura inclusiva e diretora-presidente do Instituto Brasil Acessível. "Detalhes de instalação elétrica merecem atenção, pois compensam algumas limitações", diz. Interruptor e ponto de telefone na cabeceira, por exemplo, oferecem segurança e controle ao morador. Os interruptores devem estar mais baixos, a até 1 m do chão (10 cm a menos que o normal). Já as tomadas se encontram numa altura de pelo menos 46 cm (contra os 30 cm convencionais). Prateleiras posicionam- se a até 1,40 m, enquanto gavetas ficam entre 0,30 e 0,80 m do piso (veja desenho abaixo). Os cabideiros a 1 m e a 2 m de altura no armário possuem um mecanismo hidráulico para suavizar a carga da arara superior, que pode ser puxada por uma alavanca. Já o espelho, colocado entre 0,50 e 2,10 m do chão, permite alcance visual por todos.



O vão de entrada deve ter pelo menos 0,80 m livre, segundo a norma da ABNT. Para encaixar a cadeira na escrivaninha é necessário 1,20 m.

O piso laminado sem imperfeições na superfície e as portas de correr na entrada e nos armários facilitam a circulação pelo ambiente.

Fonte: Arquitetura e Construção

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