sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dirigir traz liberdade de ir e vir para pessoas com deficiência

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Conheça o que é necessário para tirar uma carta de motorista. É mais fácil do que você imagina!
Daniel Limas, da Reportagem do Vida Mais Livre

Para muitas pessoas, dirigir significa liberdade. Liberdade de ir onde bem quiser e não depender de outras pessoas, de meios de transporte públicos e do clima favorável. Isso sem falar do conforto proporcionado por um carro. Agora, tentem imaginar o que representa poder dirigir para uma pessoa com deficiência?
Apesar de muita gente não saber, pessoas com deficiência podem ter habilitação. Ela pode ser conquistada por qualquer pessoa com mais de 18 anos, alfabetizada, e que passe nos exames necessários. Em geral, uma junta de médicos examina a extensão da deficiência e a desenvoltura do candidato. Em São Paulo, por exemplo, o solicitante deve procurar uma clínica credenciada autorizada a realizar o exame médico e o psicotécnico especial para deficientes . Com o resultado do exame médico, ele poderá fazer a matrícula em um Centro de Formação de Condutores (CFC) credenciado e realizar o exame teórico no DETRAN.
Outra importante diferença está nos próprios Centros de Formação de Condutores e seus instrutores. Os locais que atendem a estes públicos devem, por razões óbvias, ter sua arquitetura plenamente acessível a estas pessoas. Além disso, os instrutores também devem receber treinamentos especiais para lidar com este público. “Nossos instrutores são treinados para entender o tipo de deficiência, e assim oferecer o tipo de carro correto e quais adaptações são necessárias”, explica Marcos Ayrton, gerente Comercial do grupo Flash de Autoescolas, localizada em São Paulo.
Os carros também necessitam de adaptações. São inúmeras as possibilidades, dependendo do tipo de deficiência da pessoa. Os professores também necessitam saber Libras (Língua Brasileira de Sinais). “Apesar de muitos deficientes auditivos terem boa leitura labial, alguns se comunicam apenas por Libras. Por isso, é fundamental ser fluente nesta língua”, explica o gerente Comercial. Além disso, um bocado de sensibilidade também é fundamental. “Além do carro adaptado e do instrutor especializado, é importante conhecer um pouco de questões emocionais. Aqui, trabalhamos com duas linhas: a de um candidato que já nasceu com deficiência ou é há bastante tempo e a daquele que ainda está em reabilitação. Nesse último caso, é mais difícil, pois temos que condicionar as pessoas a dirigir de outra maneira”, explica Daniele Barbosa Almeida, gerente Comercial da Auto Escola Javarotti, também localizada em São Paulo.

O tempo para conseguir a tão sonhada habilitação varia caso a caso. Depende da própria pessoa, da deficiência, do empenho pessoal – o que também ocorre com as pessoas sem deficiência. “Mas, em média, a primeira habilitação de uma pessoa com deficiência leva em torno de três meses. Caso a pessoa já seja habilitada e só precise mudar para a classe especial, a demora leva cerca de 15 dias”, explica Marcos.
Segundo os entrevistados, a maioria dos candidatos a novos motoristas procura aprender a dirigir para ter mais mobilidade e mais uma opção de locomoção. “O objetivo principal deles é fazer cumprir o direito de ir e vir sem depender de ninguém.”, aponta Daniele. “Boa parte também procura mudar de categoria por conta de limitações não visíveis, que provocaram perda de movimento ou força, ou por doenças, como artrose, artrite, câncer de mama, escleroses”, acrescenta. Ele também reforça que todas essas pessoas tem direito a uma série de benefícios com relação a impostos e obrigações, como IPI, ICMS, IPVA, isenção de rodízio.
Outra curiosidade é que a maioria das pessoas com deficiência começa a tirar a carta de motorista alguns anos mais tarde que as pessoas comuns. “As pessoas sem deficiência iniciam esse processo aos 18 contra 22 anos das com deficiência. Acredito que essa diferença de idade ocorra por conta da necessidade de acompanhamento médico”, aponta Marcos. Acredito que muitas pessoas também devam se perguntar se as limitações causadas pelas deficiências afetam a segurança. Marcos garante que não: “as pessoas com deficiência, além de ter mais cuidado, têm um pouco mais de medo de dirigir. Assim, é difìcil ver um acidente causado por esses cidadãos”, aponta.

Para tirar a carta em outros estados acesse: http://www.vidamaislivre.com.br/especiais/materia.php?id=2064&/dirigir_traz_liberdade_de_ir_e_vir_para_pessoas_com_deficiencia

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